A dançaHenri Matisse
(1869-1954)
Aqui e ali.
sábado, 12 de junho de 2010
Interiores...
"Pode alguém ser quem não é? "
Somos o que somos e, aparentar o que não se é, é mascarar por fora o que se não consegue mascarar por dentro.
Durante muito tempo resisti à publicação urbi et orbe das minhas preocupações, contradições, sentires, gostares, pulsares, opiniões, por considerar que não tinha nada para dizer. Nada de especial para dizer.
O que é que os outros poderiam achar de interessante em apenas mais uma pessoa no meio de seis mil milhões de pessoas, todas com a pretensão de serem únicas, todas o sendo, de uma maneira ou de outra.
No fundo achava que sim mas a meio achava mesmo que não.
Para quê mais um blogue a juntar aos milhões arquitectados e moribundos todos os dias por esse mundo fora?
Mas sabendo que ninguém vive do nada e sendo um blogue uma maneira de uma pessoa se poder encontrar com ela própria, um dia, não há muito tempo, resolvi transpor a barreira imaginária que me separava do outro eu - um dos outros eus- que me vão construindo (acredito que não sou minimamente original nesta definição dos eus).
Nesta viagem iniciada, exposta às borrascas ou às calmarias ou a todos os estados intermédios entre estes extremos, ou à indiferença geral, a expressão da não expressão, duvidei que continuasse a valer a pena.
Ainda não sei se tenho alguma coisa para dizer e que publicitar os meus gostos e opiniões tem tanto impacto como regar uma rosa no deserto.
Mas talvez um dia me encontre com algum dos meus outros eus que acham que isto tudo é mero narcisismo sem valor substantivo.
"Interiors"
Woody Allen
Somos o que somos e, aparentar o que não se é, é mascarar por fora o que se não consegue mascarar por dentro.
Durante muito tempo resisti à publicação urbi et orbe das minhas preocupações, contradições, sentires, gostares, pulsares, opiniões, por considerar que não tinha nada para dizer. Nada de especial para dizer.
O que é que os outros poderiam achar de interessante em apenas mais uma pessoa no meio de seis mil milhões de pessoas, todas com a pretensão de serem únicas, todas o sendo, de uma maneira ou de outra.
No fundo achava que sim mas a meio achava mesmo que não.
Para quê mais um blogue a juntar aos milhões arquitectados e moribundos todos os dias por esse mundo fora?
Mas sabendo que ninguém vive do nada e sendo um blogue uma maneira de uma pessoa se poder encontrar com ela própria, um dia, não há muito tempo, resolvi transpor a barreira imaginária que me separava do outro eu - um dos outros eus- que me vão construindo (acredito que não sou minimamente original nesta definição dos eus).
Nesta viagem iniciada, exposta às borrascas ou às calmarias ou a todos os estados intermédios entre estes extremos, ou à indiferença geral, a expressão da não expressão, duvidei que continuasse a valer a pena.
Ainda não sei se tenho alguma coisa para dizer e que publicitar os meus gostos e opiniões tem tanto impacto como regar uma rosa no deserto.
Mas talvez um dia me encontre com algum dos meus outros eus que acham que isto tudo é mero narcisismo sem valor substantivo.
"Interiors"
Woody Allen
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