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A mostrar mensagens de outubro 31, 2016

Crónica de um sábado

Levantar às quatro da madrugada foi como se uma pedrada na cabeça me tivesse feito o mesmo efeito que um submarino quando se afunda (no pressuposto de que sei do que estou a falar, o que não é verdade). O calor da noite pressagiava a camisa que eu iria vestir porque ia para um país frio. Ia porque não fui, já cá estou. Viajar sozinho tem algumas vantagens e uma delas é não termos perto de nós quem nos observe, nos ajude, nos ampare e nos proteja. Somos muito mais livres. E muito mais tolos. Check-in rápido, espera curta, avião quase no ar. As hospedeiras da tarde, por oposição às da manhã, são à vontade mães delas. Nunca vi assistentes de bordo tão enrugadas, com tantos sulcos na pele do maxilar superior. E já agora no revestimento do pescoço e nos inevitáveis pés de galinha. O Reino Unido está mesmo pelas ruas da amargura e não me admirava nada que nos tempos mais próximos a idade da reforma para as hospedeiras britânicas fosse os setenta e cinco anos. Mas falando ainda nas qu...