segunda-feira, 24 de agosto de 2020

RAP e a festa do Avante

Se existem coisas difíceis de explicar, ou no mínimo entender, é alguém genial, na sua área de presença social, culto e inteligente,  encarreirar no seu apoio a uma força política que tem manifestado tanto reaccionarismo e imobilismo na leitura e na prática ao longo de décadas. Desde as não condenações longínquas de 56 (Hungria), 68 (Checoslováquia) e 79 (Afeganistão),  * pior ainda, apoio expresso! -, à criação de um partido-fantasma (PEV, nascido de geração espontânea numa noite), ao enclausuramento ideológico dogmático, é difícil encontrar no final de 2020 um discurso tão pouco evolutivo. Admiro muito RAP mas nunca aqui.