"Por outro lado, Álvaro Cunhal morreu. E aconteceu-lhe
o que acontece a quase todos os políticos carismáticos quando morrem: as suas
qualidades são agigantadas e os seus defeitos desaparecem. Ainda hoje ouvimos
as mais banais e vazias frases de Sá Carneiro citadas como se se tatassem de
excertos de discursos de Winston Churchill. Cunhal passou a ser, da direita à
esquerda, consensual. E é pena. Como profundo admirador da sua personalidade e
do seu talento político, gostaria que ele saísse do mundo dos santos e pudesse
ser debatido em todas as suas contradições. Do político extraordinário, ao
artista plástico e escritor apenas, e com alguma simpatia, mediano, passando
pelo antifascista corajoso, o teórico de arte medíocre, o tribuno cauteloso e
hábil e o homem misterioso, sedutor e manipulador. "
Segundo Daniel Oliveira, aqui.
segunda-feira, 28 de outubro de 2013
sábado, 26 de outubro de 2013
"O sonho de Pedro Passos Coelho"
De José Vítor Malheiros
«"Um
terço é para morrer. Não é que tenhamos gosto em matá-los, mas a verdade é que
não há alternativa, se não damos cabo deles, acabam por nos arrastar com eles
para o fundo. E de facto não os vamos matar-matar, aquilo que se chama matar,
como faziam os nazis. Se quiséssemos matá-los mesmo era por aí um clamor que
Deus me livre. Há gente muito piegas, que não percebe que as decisões duras são
para tomar, custe o que custar e que, se nos livrarmos de um terço, os outros
vão ficar melhor. É por isso que nós não os vamos matar. Eles é que vão
morrendo. Basta que a mortalidade aumente um bocadinho mais que nos outros
grupos. E as estatísticas já mostram isso. O Mota Soares está a fazer bem o seu
trabalho. Sempre com aquela cara de anjo, sem nunca se desmanchar. Não são os
tipos da saúde pública que costumam dizer que a pobreza é a coisa que mais mal
faz à saúde? Eles lá sabem. Por isso, joga tudo a nosso favor. A tendência já
mostra isso e o que é importante é a tendência. Como eles adoecem mais, é só ir
dificultando cada vez mais o acesso aos tratamentos. A natureza faz o resto. O
Paulo Macedo também faz o que pode. Não é genocídio, é estatística. Um dia lá
chegaremos, o que é importante é que estamos no caminho certo. Não há dinheiro
para tratar toda a gente e é preciso fazer escolhas. E as escolhas implicam
sempre sacrifícios. Só podemos salvar alguns e devemos salvar aqueles que são
mais úteis à sociedade, os que geram riqueza. Não pode haver uns tipos que só
têm direitos e não contribuem com nada, que não têm deveres.
Estas tretas
da democracia e da educação e da saúde para todos foram inventadas quando a
sociedade precisava de milhões e milhões de pobres para espalhar estrume e
coisas assim. Agora já não precisamos e há cretinos que ainda não perceberam
que, para nós vivermos bem, é preciso podar estes sub-humanos.
Que há um terço que tem de ir à vida não há dúvida nenhuma. Tem é de ser o terço certo, os que gastam os nossos recursos todos e que não contribuem. Tem de haver equidade. Se gastam e não contribuem, tenho muita pena... os recursos são escassos. Ainda no outro dia os jornais diziam que estamos com um milhão de analfabetos. O que é que os analfabetos podem contribuir para a sociedade do conhecimento? Só vão engrossar a massa dos parasitas, a viver à conta. Portanto, são: os analfabetos, os desempregados de longa duração, os doentes crónicos, os pensionistas pobres (não vamos meter os velhos todos porque nós não somos animais e temos os nossos pais e os nossos avós), os sem-abrigo, os pedintes e os ciganos, claro. E os deficientes. Não são todos. Mas se não tiverem uma família que possa suportar o custo da assistência não se pode atirar esse fardo para cima da sociedade. Não era justo. E temos de promover a justiça social.
O outro terço temos de os pôr com dono. É chato ainda precisarmos de alguns operários e assim, mas esta pouca-vergonha de pensarem que mandam no país só porque votam tem de acabar. Para começar, o país não é competitivo com as pessoas a viverem todas decentemente. Não digo voltar à escravatura - é outro papão de que não se pode falar -, mas a verdade é que as sociedades evoluíram muito graças à escravatura. Libertam-se recursos para fazer investimentos e inovação para garantir o progresso e permite-se o ócio das classes abastadas, que também precisam. A chatice de não podermos eliminar os operários como aos sub-humanos é que precisamos destes gajos para fazerem algumas coisas chatas e, para mais (por enquanto), votam - ainda que a maioria deles ou não vote ou vote em nós. O que é preciso é acabar com esses direitos garantidos que fazem com que eles trabalhem o mínimo e vivam à sombra da bananeira. Eles têm de ser aquilo que os comunistas dizem que eles são: proletários. Acabar com os direitos laborais, a estabilidade do emprego, reduzir-lhes o nível de vida de maneira que percebam quem manda. Estes têm de andar sempre borrados de medo: medo de ficar sem trabalho e passar a ser sub-humanos, de morrer de fome no meio da rua. E enchê-los de futebol e telenovelas e reality shows para os anestesiar e para pensarem que os filhos deles vão ser estrelas de hip-hop e assim.
O outro terço são profissionais e técnicos, que produzem serviços essenciais, médicos e engenheiros, mas estes estão no papo. Já os convencemos de que combater a desigualdade não é sustentável (tenho de mandar uma caixa de charutos ao Lobo Xavier), que para eles poderem viver com conforto não há outra alternativa que não seja liquidar os ciganos e os desempregados e acabar com o RSI e que para pagar a saúde deles não podemos pagar a saúde dos pobres.
Com um terço da população exterminada, um terço anestesiado e um terço comprado, o país pode voltar a ser estável e viável. A verdade é que a pegada ecológica da sociedade actual não é sustentável. E se não fosse assim não poderíamos garantir o nível de luxo crescente da classe dirigente, onde eu espero estar um dia. Não vou ficar em Massamá a vida toda. O Ângelo diz que, se continuarmos a portar-nos bem, um dia nós também vamos poder pertencer à elite."»
quarta-feira, 23 de outubro de 2013
Papa Francisco I
EXPRESSO
segunda-feira, 21 de outubro de 2013
terça-feira, 15 de outubro de 2013
Angola é nossa! parte 3
"A pressão feita pelo Presidente Angolano deveria, em
tese, ter uma resposta firme. Mas Portugal já não consegue. Não tem ânimo. Nem
nisto se põe de acordo. Está podre. Eis talvez a única coisa em que concordo
com o editorialista ao serviço do poder angolano. E parte dessa podridão vem da
ânsia do dinheiro fácil que quiseram lá ir buscar, sem cuidar dos princípios.
Dos tais princípios que os países pequenos devem ter e que começaram a cair,
com Angola, com Kadhaffi, com Chávez... Andámos de mão estendida - agora humilhemo-nos!"
HENRIQUE MONTEIRO
HENRIQUE MONTEIRO
Angola é nossa!! parte 2
"Angola pode ter muitas razões de queixa - como
Portugal tem - mas comete um erro nesta absurda declaração. José Eduardo dos
Santos sabe que nem este governo, nem qualquer outro, podem impedir que o
Ministério Público português abra e prolongue investigações judiciais, mesmo
que pouco fundamentadas. E nem este governo, nem qualquer outro, conseguem
impedir que a Comunicação Social portuguesa noticie esses processos ou outras
histórias eventualmente desagradáveis, no meio de muitas outras seguramente
simpáticas e fabulosas para um país com a história e a pujança de Angola."
RICARDO COSTA
RICARDO COSTA
Angola é nossa! parte 1
"Só que o dr. Machete desconhece várias coisas. Desconhece que se Roma não
pagava a traidores, Angola não agradece a quem se rebaixa perante si.
Desconhece que despreza profundamente quem o faz. E desconhece também que as
regras da economia de mercado em Angola funcionam de acordo com o que José
Eduardo dos Santos determina.
Há centenas de empresas portuguesas em Angola. Há milhares de cidadãos
portugueses em Angola. Há muitos investimentos portugueses em Angola. Há
pesados investimentos angolanos em Portugal. Há muitos cidadãos angolanos em
Portugal.
A tal parceria estratégica não acaba de um dia para o outro por simples
decreto presidencial. Mas leva um grande abanão com as palavras de José Eduardo
dos Santos. Ora uma relação tão importante como a que existe entre Portugal e
Angola não pode ser entregue a quem manifestamente mostrou uma total
incompetência para lidar com ela."
segunda-feira, 14 de outubro de 2013
CDS-PP João Almeida quer suspensão total das subvenções a políticos
Por uma vez eu sou CDS (mas qual deles?...)
Estou a 100% com o João Almeida!!
"Orçamento- Bloco lembra que semprecombateu subvenções vitalícias"
Estou a 100% com o João Almeida!!
"Orçamento- Bloco lembra que semprecombateu subvenções vitalícias"
"BE desafia partidos a eliminar totalmente pagamento de
subvenções vitalícias"
Etiquetas:
Brutta Dextra-Brutta Sinistra,
Cavaco,
Corrupção,
Crise
Viva o nosso Ângelo Correia!!
"Ângelo Correia tem uma pensão vitalícia atribuída de cerca de 2.200 euros. Recebeu-a entre 1998 e 2012, quando uma nova lei veio proibir a sua acumulação com o salário. De acordo com a lei em vigor, quando se reformar pode voltar a receber os 2.200 euros da pensão vitalícia por cargos políticos.
Zita Seabra, ex-deputada do PCP e do PSD, tem também atribuída uma pensão vitalícia de cerca de 3.000 euros. Em declarações ao SOL, considera que os cortes destas pensões “deviam ser iguais” aos cortes que serão adoptados para as pensões de sobrevivência. "
Etiquetas:
Brutta Dextra-Brutta Sinistra,
Corrupção,
Crise
domingo, 13 de outubro de 2013
sábado, 12 de outubro de 2013
quarta-feira, 9 de outubro de 2013
"Ministério da Justiça gastou 1,1 milhões de euros em sistema informático que não utilizou"
"Ministério da Justiça gastou 1,1 milhões de euros em sistema informático que não utilizou"
Uma excelente forma de derreter o dinheiro comum...
Uma excelente forma de derreter o dinheiro comum...
segunda-feira, 7 de outubro de 2013
domingo, 6 de outubro de 2013
Machete, a pérola.
Etiquetas:
Brutta Dextra-Brutta Sinistra,
Cavaco,
Corrupção,
Crise
quarta-feira, 2 de outubro de 2013
Subscrever:
Mensagens (Atom)