Do que eu não gosto é de peixe cozido e de hipocrisia, de areia a escaldar na praia e sal áspero nas costas e de fanatismos, de quase todos os frutos tropicais e de falta de pontualidade, de quase, quase todo o fado e de gravatas, de " música " tecno e de dias de calor abrasador, da estupidez auto-iluminada e da informação medíocre e sem sentido, de não poder ler e de ser obrigado a ver touradas, do prazer dos homens a maltratar animais e de ver o prazer daqueles que gostam de tirar o prazer aos outros, de vozes agudas e histéricas e de fatos completos, de Paula Rego e de Paulo Coelho, de mares muito encapelados e de pó, muito pó, muito pó " tipo-afeganistão ", de cães a ladrar e de melgas a zumbir, de pessoas temerosas da própria sombra e de qualquer dos racismos, de Manoel de Oliveira e de champagne mesmo do verdadeiro, de corridas de carros e de caldeirada de peixe, de subserviência e de faz-tu-de-conta-que-eles-é-que-mandam, de barulhos insuportáveis e de lambi...