sábado, 2 de maio de 2015

Foram mais 5...

"Ignorância, iliteracia, acreditar nem sei em quê, faz com que todos os anos, por esta altura, quando vejo este espectáculo degradante nas televisões, de centenas de pessoas, por estradas cheias de trânsito, postos de lava pés e limpa bolhas, no meio da estrada, eu penso que estou num país de terceiro mundo, e custa-me acreditar que esta gente seja movida pela fé.
vão de joelhos, de círios, de panela e frigideira, ao lugar mais explorador da fé, da ignorância e dos bolsos de quem acredita nestas historietas das aparições, lugar esse,que é Fátima.
tudo se vende, com a imagem ás vezes caricata da santa.
tudo se paga, e a fé desta gente não tem preço.
nada mudou desde o tempo da ditadura.
futebol, fátima e ultimamente lá vêm os fadistas novamente para completar o velho ramalhete dos 3 efes.
os políticos são uns trastes, a política é para os trastes, e o povo, esse, vai proferindo estas frases já gastas, pensando que a santinha da ladeira, ou a capelinha das "aparições" que é uma fábrica de fazer dinheiro, essa sim com os cofres bem cheios, irá resolver os seus problemas.
e vão morrendo á beira da estrada.
nem a santinha que iam visitar os acudiu.
que povo este
que miséria moral e humana.
que falta de cultura
num país que nem a santa, nem quem deveria permitir o direito á educação e cultura de um povo , que é o governo, querem saber desta gente."

Outra gente no EXPRESSO
Até não me admira haver mais mortes já que quando percorro a Nacional 1 é frequente ver peregrinos a andar lado a lado (até três pessoas!) em locais onde a berma é estreita e só daria para uma pessoa, colocando-se assim alguns peregrinos a caminhar na faixa de rodagem.

Podendo seguir em fila indiana nesses locais, preferem ao inverso invadir a estrada e por vezes em locais em que a estrada não é larga ou onde há carros a circular em grande velocidade excedendo em muito os limites legais.

Porque não criam um caminho alternativo, por estradas menos movimentadas e até com outro valor paisagístico e cultural para quem se dirige a Fátima a pé?

De resto apenas me cabe dizer que não entendo este tipo de sacrifício. Em vez de fazerem o percurso a pé porque não usam as horas que iam gastar nesse caminho a fazer trabalho de voluntariado onde ajudariam outros?

A mim soava-me a algo muito mais cristão que essa negociata egoísta e sado-masoquista com a divindade, sem utilidade alguma que não o beneficio próprio.
Outra gente no EXPRESSO
"tenho pena desta gente que espera milagres
que não existem. "