quinta-feira, 9 de julho de 2020

As minhas circunstâncias... Jethro Tull

Thick As A Brick (1972)

"After Aqualung, I felt we had to take a big step forward. Many writers wrote about Aqualung as a concept album, and I kept saying, ‘Maybe two or three songs in the same area, but not a concept.’ In the wake of all of that, I thought, ‘Right, let’s show them what a concept album is,’ and it seemed like an amusing idea to go down that route in this Pythonesque way and to try to use surreal humour. It clicked in America, which was a surprise, and it was our first real foray in that sort of theatrical presentation.”
Ian Anderson,  JETHRO TUL
O que eu ouvi este disco! 

Aljube, Pide e Fascismos de Todas as Cores

Na questão do Museu do Aljube, nada mais a propósito por quem ocupa a vida a estudar o "nosso" fascismo mas não é revisionista das Histórias dos Fascismos de Todas as Cores. 
Irene Pimentel, com quem aprendo sempre. 

A Outra América: a que envergonha Trump

A notícia é velha de 5 anos mas é futurista no contexto actual.
O analfabetismo de Trump e apoiantes é uma das Américas. LER

Biblioteca Pública de Nova Iorque compra arquivo da New York Review of Books

Um subterrâneo, em betão, que está a ser construído no edifício do Bryant Park abre em Abril com o espólio da biblioteca.

Os falsos Burros, Patos, Ratos ou primos

Sempre me fez muita confusão, enorme espanto, os jovenzinhos das agremiações partidárias por serem, a grande maioria das vezes, tão pouco jovens e tão ordeiramente entrados nos redis amorfos (por muito ruído que pudessem fazer).
Dos betinhos com lacostes amarelas da JC aos pré-candidatos a sec. de estado das JS e JSD, em que a mudança mais visível era a passagem ao uso da gravata (uma espécie de carta de condução da maioridade...) neles e, provavelmente, nelas mais rímel e saltos médios, aos UEC/JCPs de boina guevarista e ar palermamente feliz, as listas são enormes e as excepções raras, como manda a regra (lembro-me de um Carlos Pimenta, que não era beto, nem candidato à "carreira", nem lambe-botas dos "exemplos do passado"... E nunca apoiei a sua cor mas sempre admirei a sua fibra).
Para os jovens da boina o que não convém existir tem uma fórmula mágica: não existe.
Não se pode falar do que se passa na China ou Angola porque "não se é chinês, nem se é angolano" (falácias reles) . Mas pôde-se falar do Chile e da Argentina porque havia  ferozes ditaduras (verdades cruas). Pôde-se falar das ditaduras somozista e trujillista (verdades cruas) mas não se pode falar da ditadura orteguista ou castrista porque "não se é nicaraguense nem se é cubano" (falácias reles).
Os fascistas (verdadeiros) Le Pen ou Viktor Órban são personas non gratas mas os fascistas (verdadeiros) Kim Jong-un ou o saudoso Ceausescu são - ou eram!-personas gratas (falácias reles).
Os franceses, quando ainda havia PCF, criaram uma expressão (não sei se foram eles mas...) viperina:  "langue de bois" (traduzida à letra - língua de madeira; mas melhor - a célebre "cassete").
O que não interessa que exista não existe.
Como o mundo é simples, né, Rato Rita?

O nosso feliz 25 de Abril?
Não, a tragédia de Budapest em 1956.

Rita Rato, o Museu do Aljube e as perigosas palas nos olhos

Retirado do blogue Malomil
do historiador António Araújo:
"Mais, Rita Rato, tal qual os alunos cábulas, não sabe História e não se interessa por aprender História.

Uma vez, perguntaram-lhe sobre os crimes do estalinismo. Respondeu a jovem deputada... ouçamo-la, vale a pena:

- Como olha para os erros do passado cometidos por alguns partidos comunistas do Leste europeu?
- O PCP, depois do fim da URSS, fez um congresso extraordinário para analisar essa questão. Apesar dos erros cometidos, não se pode abafar os avanços económicos, sociais, culturais, políticos, que existiram na URSS.
- Houve experiências traumáticas...
- A avaliação que fazemos é que os erros que foram cometidos não podem apagar a grandeza do que foi feito de bom.
- Como encara os campos de trabalhos forçados, denominados gulags, nos quais morreram milhares de pessoas?
- Não sou capaz de lhe responder porque, em concreto, nunca estudei nem li nada sobre isso.
- Mas foi bem documentado...
- Por isso mesmo, admito que possa ter acontecido essa experiência.
- Mas não sentiu curiosidade em descobrir mais?
- Sim, mas sinto necessidade de saber mais sobre tanta outra coisa...

Tinha ela 26 anos, a licenciatura feita em Ciência Política e Relações Internacionais e, pasme-se, nunca tinha ouvido falar do estalinismo e dos seus crimes. Acreditam? 

Questionaram-na também sobre a China. De novo, a ignorância evasiva, obviamente comprometida e de má-fé:
- Concorda com o modelo que está a ser seguido na China pelo PCC?
- Pessoalmente, não tenho que concordar nem discordar, não sou chinesa. Concordo com as linhas de desenvolvimento económico e social que o PCP traça para o nosso país. Nós não nos imiscuímos na vida interna dos outros partidos.
- Mas se falarmos de atropelos aos direitos humanos, e a China tem sido condenada, coloca-se essa não ingerência na vida dos outros partidos?
- Não sei que questão concreta dos direitos humanos...
- O facto de haver presos políticos.
- Não conheço essa realidade de uma forma que me permita afirmar alguma coisa.
- Mas isto é algo que costuma ser notícia nos jornais.
- De facto, não conheço a fundo essa situação de modo a dar uma opinião séria e fundamentada.
- No curso de Ciência Política e Relações Internacionais, não discutiu estas questões?
- Não, não abordámos isto."