quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Ladrões das mentes



O que pode querer dizer cada uma destas fotografias ?
Foto primordial em África.

"Antoine Freitas, carte photographique d'époque (vintage), 1939.
Le photographe congo-angolais Antoine Freitas, dans un village du pays Kasaï, en fait part en 1939 au dos de sa photographique.
 (...) La pose des trois femmes, en habits traditionnels, montre un besoin de cristalliser une position sociale face à un groupe (...)" aqui.

Foto antes do cianeto que cristalizou seis crianças e ambos os pais, num momento oposto de celebração da verdadeira e pura família ariana?
 (Goebbels, delfim escolhido de Hitler, era católico).

Fotografar é pintar as cores ou as formas ou as mentes nos olhares.
De algum modo, é "roubar" algo.
Existem povos que não se deixam fotografar com medo que lhes roubem a "alma", ou pelo menos havia.

Pode ser uma paisagem ou monumento, e aí os "proprietários" são livres.
Mesmo se o ridículo já existe com a proibição de fotografar a Torre Eiffel de noite (?).

"É a publicação de uma foto da Torre Eiffel permitida?
Não existem restrições na publicação de uma foto da torre por dia. Fotos tiradas à noite quando as luzes são aglow estão sujeitos às leis de direitos autorais, e as taxas para o direito de publicar devem ser pago para o SNTE."
Fonte:
http://www.Tour-Eiffel.fr/teiffel/UK/pratique/FAQ/index.htm

O ainda pior absurdo vem da Hungria, país singular até na língua, "húngara ou magiar que é um idioma pertencente ao grupo fino-úgrico da família das línguas urálicas," que não pertence  à família das línguas indo-europeias-, quando legisla sobre

"Hungary law requires photographers to ask permission to take pictures"

"Civil code that outlaws taking pictures without permission of everyone in the photograph is 'vague and obstructive' say critics."
(...) This [regulation] is a nonsense and in my opinion impossible," lawyer Eszter Bognár said. "I don't think this is going to change the practice of photographing 'normal' people, because they don't have the possibility to ID the person taking the photo, but it's going to be more difficult to take pictures of policemen." The Guardian

Adoro fotografar e, tal como o voo livre das aves, "sinto" o ar em permanência.
Quando alguém não quer ser "olhada", respeito.
Mas não consigo, nem quero!, ficar "cego" para a vida.

Trabalhadores franceses em 1938, usufruindo das primeiras férias pagas (Front Populaire, 1936.
Muito modernamente sem identificação lndiscreta.

"Robert Capa's famous image of the D-Day landings taken at 'Omaha' beach – but not with a Leica camera. Photograph: Robert Capa/Magnum"
Teria o soldado norte-americano permitido ser fotografado?