segunda-feira, 16 de agosto de 2010

A burka...

Usar uma burka pode não ser sinal de submissão.
Usar o tchador, o nicab ... ou o hijad e a shayla, como acabei de ver com frequência numa grande cidade europeia, pode ser mais um sinal de afirmação de uma identidade do que um sinal de sujeição: os ténis e os jeans cossados provam-no.
A recusa do que é diferente leva cada vez mais os temerosos a querer criar fortalezas, acabando por ficar sitiados deles próprios.
O modo de viver não-ocidental, se NÃO interferir com as leis comummente aceites no(s) hemisfério(s) ocidental(ais), não nos deve preocupar.
Mesmo se populações, sob forte influência religiosa -no caso, muçulmana-, quiserem que os seus filhos frequentem escolas que respeitem os seus valores, nos países ocidentais, onde está o problema?
Os católicos não frequentam escolas privadas da sua confissão? Os judeus, idem?
Até a diferenciação e a auto-segregação sociais são aceites sem quaisquer tipos de problemas (Escola Alemã, Liceu Francês, St George School...).

A questão central está no respeito, a que todos devem estar obrigados, em seguir as leis dos países para onde decidiram ir viver.
Agora, francamente, onde pára o limite?
Nos olhos tapados da mulher que esconde os seus olhos ou nos olhos escondidos do homem que se "protege" por detrás de óculos espelhados?

Suum cuique tribuere...de Degas



Edgar Degas
(1834-1917)

Benfiquismo mapa-mundi

E nós, logo à primeira, com um belo trambolhão coroado com um chapéu do tamanho de um melão!...
Ainda há todo o campeonato pela frente mas na moral dói e vamos ver se não custa a recuperar...