quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Vietname e Camboja.....cap. XXIII


























Trovejou ontem um pouco e, logo de seguida, uma poderosa chuvada lembrou-nos que estamos na estação das chuvas e que, não havendo calor do sahel, é normal conviver com o calor que nos acompanhou nestas férias, agora que estamos no penúltimo dia (Siem Reap---Ho Chi Minh City---Hanoi, de avião, dia 27), sempre um calor húmido, daqueles que fazem suor e suar litros de água transformados em duches, de mares mortos, tal o sal.
 (...) 
Estamos mesmo a sair de Siem Reap (Camboja).

Nestes três dias "contratámos" um condutor-recepcionista do hotel onde estamos.
Nheram (chamamo-lo assim) durante dois dias, levou-nos de "tuk-tuk" daqui (uma mota normal com um atrelado de duas rodas, com dois bancos perpendiculares ao eixo do motor, com cortinas abertas e podendo transportar até quatro (...) pessoas), a visitar o complexo monumental dos Templos de Angkor, o maior conjunto de monumentos religiosos do mundo, classificado só em 1992 pela Unesco ( passes de 1, 3 e 7 dias para se ver a dimensão...)

A presença da ajuda japonesa e indiana é visível e ainda bem que assim é. O Camboja, sozinho, nunca o conseguiria fazer.

Esses Templos cobrem um tempo histórico de vários séculos que nos causa inquietação e deslumbramento quando tentamos visualizar a arte, a disciplina e o esforço nas suas várias construções, destruições e reconstruções.
A influência da Índia e do hinduísmo por um lado, e da China e dos vários budismos por outro, marcaram o espaço e as espiritualidades.
Ficamos a pensar na Muralha da China, nos Templos Astecas, nas Grandes Pirâmides de Ghizé, e  noutros, e como foi possível tamanho poder, organização, determinação e capacidade. 

Nheram revelou-se extraordinário e, nunca sendo invasivo, mostrou-se sempre à altura, respondendo às nossas perguntas e às nossas dúvidas.
Nheram tem 26 anos e os seus pais, camponeses analfabetos, fugitivos da morte durante o sismo assassino de Pol Pot (de 1975-79) unicamente porque não sabiam ler, trabalham a terra, pouca. Tem cinco irmãos e irmãs e também nenhum deles sabe ler (actualmente o Camboja tem cerca de 15.140.000 habitantes e a percentagem de analfabetos ronda os... Das oito pessoas da sua familia foi o único que estudou.
A mortalidade infantil anda pelos 54,7/por mil...

"Na Suécia, juízes e políticos são "cidadãos comuns""

Mas para o "socialista" Francisco Assis um R5 não é digno de uma direcção parlamentar...
Mas cá  no luso burgo a superestrutura é indigna e imoral.
Não há meias palavras.
E a CORRUPÇÃO não é de esquerda, nem de direita : é CORRUPÇÃO!
Mas vale a pena ver a notícia: