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A mostrar mensagens de junho 6, 2011

Hoje sinto-me Paula Rego

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Dor

(não política) ...do interior vazio,  desalentado, mortiço. Como foi possível estar perto do universo e perdê-lo?

Algumas reflexões IV

A direita ganhou e rejubila. Mas o mais difícil começa agora. A conflitualidade social e a urgência de reformas há muito adiadas vão ser postas à prova já a partir de hoje. Prefiro um adversário que seja claro, e que nos permita saber ao que vem e como vai fazer, do que um "aliado" que mascara o que é e tergiversa no que faz. Nunca apoiei, nem apoiarei um governo de direita. Mas o que tivemos foi mau de mais, para nos contentarmos com o que "a História julgará" (palavras de ontem).

Algumas reflexões III

A forma de governar do PS dirigido por José Sócrates continua a agradar a 28% dos portugueses que votam, como vimos ontem à noite. Se exceptuarmos os votos brancos e nulos que não se conseguem encaixar nas formações políticas, temos que a imensa maioria restante (72%) rejeitou categoricamente o estilo, o conteúdo e a forma do governo que se retira. Desde o início em 2005 que esta percentagem era alta mas não o suficiente para impedir que governassem, primeiro com maioria absõluta (após o desastre Santana Lopes), depois com maioria simples. A capacidade de diálogo e a disponibilidade para entendimentos foram claros: zero! Dizem agora que o farão. Veremos.

Algumas reflexões II

O BE teve erros estratégicos clamorosos. O primeiro e mais estrutural foi o de querer copiar o PC, assim uma espécie de sucedâneo sem o monolitismo ( mas com tiques); porém com uma cassete parecida. O que lhe tinha dado originalidade ter-se-á esfumado nesta cópia sem glória. O segundo foi a moção de rejeição que ninguém compreendeu e que não competia, sobretudo ao Bloco, despoletar. O terceiro foi a corrida desenfreada para apoiar Manuel Alegre, AO LADO do PSocrático. Pode ser que volte a conquistar uma parte do eleitorado tradicional do PS que estava descontente com a arrogância dominante. Mas vai ser muito difícil. O mais importante seria voltar às origens e não querer ser um PC dos pequeninos.

Algumas reflexões I

Há uma maioria absoluta mas não de um só partido. As maiorias absolutas de dois senhores absolutos (Cavaco e Sócrates) deram no que deram: arrogância, clientelismo e autismo. Sócrates e Louçã, derrotados estrondosamente, iguais a si próprios:"perdemos, sim, mas não estávamos minimamente errados". A culpa é sempre dos outros. Portas menos forte do que era esperado. CDU muito estável. Hoje é que começam as coisas a sério. Tudo é ex pectável.