terça-feira, 30 de julho de 2019

Voltaire Genial

"Uma discussão prolongada significa que ambas as partes estão erradas."
Voltaire
François Marie Arouet, Voltaire
Excelente biografia de
Roger Pearson.

segunda-feira, 29 de julho de 2019

Pérolas...

Tirada em 2006, Arroeiras

Modigliani



"Modigliani was the fourth child of Flaminio Modigliani and his wife, Eugenia Garsin. His father was in the money-changing business, but when the business went bankrupt, the family lived in dire poverty. In fact, Amedeo's birth saved the family from certain ruin, as, according to an ancient law, creditors could not seize the bed of a pregnant woman or a mother with a newborn child. When bailiffs entered the family home, just as Eugenia went into labour, the family protected their most valuable assets by piling them on top of the expectant mother."
Uma biografia, aqui.

Pipocas com telemóvel e outras histórias de falsa ciência...

Aqui.

               
 Homeopatias, astrologias, reencarnações, reikis, bruxarias, "ciências" ocultas, búzios, aparições, cartomantes, ressurreições, 
fluidohidro-potássioterapias, enfim…
(que me desculpem os crentes…) 

segunda-feira, 15 de julho de 2019

Bruno Lage, força!!!

A blogar, na procura de algo que não era isto...


O sr é... aquele indivíduo que foi coerente desde o início (e como medi-lo?), corajoso salazarista, arauto do regime autoritário, católico insuspeito e radialista interessante e com humor, Jaime Nogueira Pinto, não é?

O alvitre é sempre um tiro na dedução mas a verve sabatinal escorre das suas palavras e da sua prosa linear. 

Vale o que vale, um tiro. 

Mas, se o admiro, mais ainda se me tornam incompreensíveis os tecidos lógicos com que terá construído o seu legado intelectual.

Sou ateu, figurinha anónima e pouco ou nada significante, céptico profundo mas ainda, lá nas profundezas, idealista de um mundo menos injusto, desigual e não dominado pelo Império (que palavra/conceito/domínio mais horrível!...) do dinheiro e dos embrutecimentos ideológicos e, desculpar-me-á, religiosos.

Nem sequer sei porque razão lhe escrevo. Talvez para encontrar algo de espiritual que sei que não encontrarei por ser inexistente.

Cumprimentos 



Caro ….:

Eu, o Jaime Nogueira Pinto? Nem o conheço pessoalmente e leio-o apenas há alguns, poucos, anos. 

O Jaime Nogueira Pinto é um intelectual muito melhor preparado do que eu jamais serei. 

Ainda bem que admira alguma coisa no JNP porque também eu admiro, embora provavelmente não seja a mesma coisa que admiramos. 

Então vamos lá a isto, resumidamente:

Não sou ateu e isso nota-se e quero que se note. Deus é Algo de que precisamos como seres humanos, para entender quem somos e o que fazemos aqui. Sem Deus o vazio seria insuportável, para mim. Por outro lado, nunca teremos respostas suficientes para tudo se prescindirmos de Deus. 

Quanto à religião, a minha é a católica porque nasci aqui, onde o catolicismo é tradição. A religião católica é um modo de chegar a Deus e prestar vassalagem à única Entidade que verdadeiramente a merece. Todas as outras são figuras da humanidade e filhos do mesmo Deus. 

Salazar? Tento colocá-lo no seu tempo e admiro profundamente o que fez, do modo como fez. Como era crente, católico e vindo da terra, rural e ao mesmo tempo erudito no essencial da cultura, admiro-o acima da maior parte das figuras histórias que conheci.

Quanto ao "embrutecimento" a perspectiva que apresenta pode ser revertida e afinal o embrutecimento resultar dessas luzes de uma ribalta que cegam quem se deveria esforçar por ver ara além disso. 

Quanto ao resto, sou apenas um diletante que procura entender certas coisas. E escreve sobre elas do modo que sabe melhor, mas sem fazer muito esforço. Daí os erros de escrita, vírgulas fora do sítio e empenho em demonstrar com factos ou referências. Uma opinião gratuita, para mim é apenas isso e dou pouco valor, na maior parte dos casos. 

De qualquer modo obrigado pela atenção pois obriga-me a reflectir sobre mim mesmo.

Não se deixe fascinar pela aparência e tente sair da caixa intelectual em que se meteu. Deus é o mais importante, de tudo, para mim. Porque, existindo, deve ser assim mesmo. 

Não acha?

Cumprimentos,

 José



Bom dia, sr José

Obrigado pela sua resposta, a qual complementa bem o que li do seu pensamento e opiniões. 

Enfiando (para mim, não) a carapuça, não me sinto nada preso em nenhuma caixa de nenhuma espécie. 

Essa liberdade para mim é tão fundamental como a religião o é para si e para grande parte da humanidade (facto).

Liberdade, já agora, que um maravilhoso despertar telúrico em Abril trouxe a Portugal ou, pelo menos, à esmagadora e imensa maioria da população (facto) que a tempos negros não quer (e não vai: facto) voltar. 

Se o baptismo fosse sinónimo de catolicismo, eu sê-lo-ia. A ideia de me "desbaptizar" só não é levada à prática por mera preguiça. Talvez, quando a necessidade do baptismo católico for adquirida e praticada por indivíduos livres e pensantes, digamos, com capacidade para escolher a crença em que Querem acreditar, ou Não, eu complete essa total insignificância que trago comigo. 

Uma frase numa montanha do Chile "Dios es una necessidad" fez-me lembrar o quão verdadeira deve ser essa manifestação de existência de deuses ou deus (embora, confusamente, os believers de um deus singular anulem o deus único de outros believers, ou decretem sem valor ou inexistentes os milhares de deuses das crenças hindus, p.e.) para a humanidade. 

Também eles, crentes de todos os bordos, ateus ("Vá de retro, Satanás!" ) por empréstimo e sem remissão (o outro, ou os outros não existem....). 

Humanidade que, no desconhecimento, na ignorância e no medo ou no terror, tão paulatinamente elaborados, criou (facto, para mim; blasfémia, para si) os entes etéreos que os governam e dirigem. 

Seria fastidioso, penso que concordará comigo, prosseguir num debate inquinado à partida por tão inconciliáveis opiniões, posturas e práticas sobre, provavelmente quase, ou mesmo tudo, de essencial para cada um. 

Uma prisão para um é liberdade para outro. E vice-versa. 

          Um único reparo, se me permite e ao qual não vou responder pelas razões através aduzidas: a História nunca parou, nem nunca parará no Tempo, por mais que as nossas opiniões, superstições e crenças assim o queiram. 

Feliz ou infelizmente para todos (facto). 

A Voltaire, que me abriu as portas para a Liberdade, agradeço do fundo do coração. Até, et pour cause, pela defesa que fez de quem com ele discordava profundamente. 

          Caro sr José:

          Muita saúde e resto de vida boa. 

          ….

P. S. : A subjectividade da utilização das vírgulas pertence ao estilo com que se escreve.