segunda-feira, 22 de junho de 2020

Holandeses, Portugueses e Ingleses, que belos amigos!




Territórios do império português (azul) e espanhol (vermelho) durante a União Ibérica (1580-1640).
. .. A profunda amizade ancestral não começou com o que disse Dijsselbloem, ex-presidente do Eurogrupo, a elogiar o comportamento dos portugueses. Começa antes com o ataque a São Tomé mas é em Olinda que...
... e não é muito polémico que a Lei da Selva Marítima estivesse prestes a mudar, passando do Mare Clausum ao Mare Liberum, e dos dois galos só um não naufragaria... 
Sabemos quem foi mas, recordemos um pouco... 
Armada Portuguesa vs. Companhias Holandesas: A captura de Cochim pela V.O.C. aos portugueses em 1663. Atlas van der Hagen, 1682.
, contra o Império e colónias portugueses. Fazendo parte da Guerra da Restauração, entrou para a História como o primeiro grande conflito à escala planetária.
Travada de 1595 a 1663, caracterizou-se principalmente pelas invasões das companhias majestáticas holandesas aos territórios do império português nas Américas, África, Índia e Extremo Oriente. Os confrontos foram iniciados durante a dinastia Filipina, a pretexto da Guerra dos Oitenta Anos, travada então, na Europa, entre a Espanha e os Países Baixos. Portugal foi envolvido no conflito por estar sob a coroa Espanhola dos Habsburgos, durante a chamada União Ibérica, mas os confrontos ainda perduraram, mesmo vinte anos após o 1º de dezembro de 1640 da Restauração da Independência
O conflito estaria pouco relacionado com a guerra na Europa, servindo principalmente o propósito de estabelecer um império ultramarino holandês, assim como o domínio do comércio das especiarias, aproveitando a vulnerabilidade dos Portugueses. Forças Inglesas, rivais de Espanha e livres da aliança que os ligava aos portugueses durante a União Ibérica, também auxiliaram os holandeses em certos momentos, até à restauração, altura em que a aliança voltou vigorar.
A guerra resultou na perda do domínio português no oriente e na fundação do império colonial holandês nos territórios conquistados. As ambições holandesas noutros teatros de competição económica, como o Brasil e Angola, foram em grande parte invertidas pelos esforços Portugueses. Os interesses Ingleses beneficiaram também do conflito prolongado entre os seus dois principais rivais no oriente."

Camboja está caro!

"Quem viajar para o Camboja tem de deixar caução de quase 2700 euros para entrar"

Quando lá estivemos há seis anos, vindos do Vietname, o contraste com o vizinho agigantado era bem visível em tudo. É bem verdade que três semanas de Hanoi a Ho-Chi-Min não se equiparam a 4 dias (e só em Siem Reap para estar nos Templos de Angkor) mas as realidades são bem diferentes. E os percursos e os passados históricos dos últimos 50 anos também.
Um regime de partido único, com a foice e o martelo bem expostos (era o 69° aniversário da proclamação da República do Vietname em 1945) por todo o lado mas com um desenfreado desenvolvimento económico capitalista (carros de luxo "competindo" com bois...), e um regime com alguns partidos, numa aparente democracia em disputa eleitoral mas, mesmo para uma região fulcralmente turística, com pouco dinamismo apercebível e bastantes crianças de pé descalço.
Alguma das minhas fotografias do Camboja, 2014, estão no meu Flickr. Esta aqui (do google) é só para mostrar o sol e as multidões que não tivemos em Angkor. 
Tema para desenvolver mais adiante "Como fugir a multidões de turistas" (embora a pandemia possa vir a ter consequências estruturais, por definir, a médio e longo prazo). 
Há muitos anos, em Santorini, num sítio muito bonito e num dos múltiplos miradores existentes na vila, com um confortável sol azul e uma calma tranquilizadora, pelas oito horas de uma manhã feliz, um repentino vendaval de turistas japoneses (nenhuma ofensa para eles; agora são mais chineses; li que perto de 100 milhões de chineses viajam para onde dantes só podiam na imaginação; qualquer bando de curiosos - muitas vezes não parecendo mais curiosos do que para se colarem aos adereços paisagísticos ou arquitectónicos em biliões de fotografias estáticas e nunca estéticas, invariavelmente para lembrar nos álbuns caseiros ou mentais que estiveram "ali"; afinal, como quase toda a gente, mas com notável excepção acrescida do campeão mundial bárbaro, castelhano e do barulho e confusão insuportáveis!) demoliu tudo. Em segundos. 

Raças e racismos

Aqui, no Público, mais uma visão não simplista.
Opinião de António Bracinha Vieira

Pobreza dos ricos...

"O crime do padre Amaro", do eterno Eça de Queirós.

"(...)-Pra Deus não há pobre nem rico - suspirou a S. Joaneira. - Antes pobre, que dos pobres é o Reino do Céu! 
-Não, antes rico-acudiu o cónego, estendendo a mão para deter aquela falsa interpretação da lei divina. - Que o céu também é para os ricos. A senhora na compreende o preceito. Beati pauperes (..) " 
pág. 325 
Edições Livros do Brasil