quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Pacheco Pereira e a crise

"Nenhum deles compreende que se Portugal entrar em bancarrota, coisa que é bastante provável se estiver os meses cruciais do final de 2010 e muito de 2011 sem Governo e em campanha eleitoral, e portanto sem capacidade para cumprir o programa de controlo do défice a que nos obrigamos junto da UE, não é apenas o FMI que virá, mas sim um possível empurrão alemão para a saída de Portugal do euro. É que, neste momento, Portugal não vai contar nem sequer com o que a UE pôde fazer pela Grécia, visto que encontramos cada vez mais hostilidade, quer nos mercados, quer nos governos, em particular no alemão, que está mais disposto a reconfigurar a zona euro do que a acudir a países que considera incumpridores relapsos.Neste contexto, há muita gente que anda a brincar com o fogo.(...)"
Só sei que pouco sei. Mas estou tão farto do bloco central, unido ou desunido!

A Libertação dos Mineiros e os dois 11 de Setembro

O 11 de Setembro de 1973 e o 11 de Setembro de 2001 foram poderosos 'ganchos' nos estômagos e queixos mundiais. Um durou menos de um dia, outro durou anos. Estima-se que o número de mortos directos tenha sido semelhante. Não será possível determinar o número de mortes indirectas, famílias destruídas, memórias calcinadas.

O 13 de Outubro de 2010 é todo o inverso. Uma gigantesca afectividade mundial suporta, emociona-se e rejubila com a trintena de desconhecidos e não-ilustres chilenos agora livres.
Lembro-me da onda que percorreu o nosso país aquando da Libertação de Timor, fortemente amparada pelo envolvimento internacional de Clinton e Blair, apesar do menor alcance e mediatismo.
O dia de hoje lembra-nos que podemos ter alguma esperança de que o engenho, o querer e a solidariedade podem, com um custo incalculável, mover montanhas.
Neste caso, literalmente abri-las.

Einstein. Uma biografia

Uma interessantíssima biografia do mesmo autor de outra sobre Benjamin Franklin (também lida).
Para além do génio científico, uma permanente atitude não conformista que o levou -entre muitos outros actos- a renunciar à nacionalidade alemã, na transição do século.
Ainda em leitura mas, seguramente, um livro agradabilíssimo (se formos indulgentes e não formos muito expectantes nas partes explicativas do seu legado científico...).