quinta-feira, 6 de setembro de 2018

Costa Rica...já em Portugal-I

Daqueles maravilhosos animais abaixo indicados, só não vimos o qtezal e o tapir.
Foi mágico.

segunda-feira, 11 de junho de 2018


Poder-se-ia dizer que nada é tão importante. Mas definir o que é importante é que importa ser. O que para uns é irrelevante, ou insensitivo, ou anódino, para outros é fugazmente curioso e, para outros ainda, é sumamente importante.

quinta-feira, 24 de maio de 2018

Memória avulsa...

Na ilha do Sul, tempo cinzento, magma enrugado com passadiços, alargados. Vento no sul da Nova Zelândia.

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Fim de tarde em MontMartre.

quinta-feira, 3 de maio de 2018

Costa Rica...

Em contagem decrescente...
Depois da fabulosa Namíbia em 2007, chega a hora da ~unanimente celebrada~ Costa Rica em 2018...
(Todas estas fotografias NÃO SÃO minhas! Para muita pena minha...)

                                                     
                                                                                        Costa Rica – la rainette aux yeux rouges

                                                                          Costa Rica-Le coati à nez blanc © Jan Haze Voet Flickr

                                                                           Costa Rica – le crocodile américain © Ryan Candee Flickr

                                                                            Costa Rica – l’iguane © Isidro López Arcos Flickr

                                                                            Costa Rica – le basilic vert © Thierry Leclerc Flickr

                                                 Costa Rica – le singe capucin à tête blanche © Francesco Veronesi Flickr

                                                                    Costa Rica – le paresseux à gorge brune © Marissa Strniste Flickr

                                                                             Costa Rica – le tapir de Baird © Miguel Vieira Flickr

                                     Costa Rica – le toucan à carène © Francesco Veronesi Flickr

terça-feira, 23 de janeiro de 2018

Mohammed é poliglota


Mohammed é poliglota. Fez 33 anos e gere um pequeno hostel mesmo no centro do Cairo. Esta é a cidade mais louca em que estive, já não me lembrava do que é uma grande, enorme metrópole com 35 milhões de habitantes. O trânsito é tão caótico que a cidade de Hanói parece quase uma aldeia. Quase...Talvez há 34 anos o vulcão estivesse um pouco menos activo e com lavas um pouco menos escaldantes…

Com certeza porque na população do Egipto constava um número próximo de 46 milhões de cabeças e agora são perto de 94… Em 34 anos…

Os automóveis surgem de todo o lado, uma grande maioria deles com amolgadelas laterais, muitas, uns quantos autênticas latas ambulantes, Ladas ainda vivos, carros modernos também, bastantes autocarros, pouquíssimas motas (comparando com a Ásia…), um metro inaugurado em 1987, 3 linhas que pareceram bem, só fizemos uma pequena viagem até ao Cairo Copta; de resto não é muito útil para os turistas.

Mohammed quer casar com uma argentina mas ela quer que ele deixe de ser muçulmano e ele não quer, para além de que os hipotéticos filhos teriam de ser…. Ele não vai desistir, com um sorriso sempre malandro e muito vivo.

Mohammed lê Saramago em árabe, conhece Lobo Antunes e tem um livro de Paulo Coelho em português. Trabalhou durante algum tempo na embaixada portuguesa, disse. Mas é verdadeiramente excelente em línguas; ouvi-o falar castelhano, inglês e português mas é fluente em italiano e francês também. Comunicámos sempre em português, engraçado não sabia o que queria dizer pequeno almoço, “café da manhã”…

O pequeno almoço foi sempre o mesmo: 3 pãezinhos, 1 queijo triangulado, 1 doce, 1 ovo cozido e café com leite. Era servido por uma senhora de mais idade com hijab e por uma rapariga sem véu, que soubemos no fim que era cristã copta. Trazia uma pequeníssima cruz tatuada no pulso. Demos-lhes 100 libras egípcias (5 euros), tendo agradecido imenso.

O hostel era fraco mas, pelo preço e por ser tão central, foi uma boa escolha. O prédio que dava directamente para o Museu do Cairo era muito bonito mas muito escaqueirado. O elevador fez a guerra dos 6 dias, os corredores tinham estuques trabalhados, as fachadas também elaboradas mas tudo em muito mau estado. A parte de baixo de uma das varandas já não existia e uma noite pensei o que seria se houvesse um incêndio: morreríamos queimados por dentro e por fora, sem espinhas, estávamos no 5º andar…

Mohammed tinha orgulho na sua arabicidade mas não deixava de ser auto-irónico, “os árabes não são pontuais…” e …”gostam mais de falar do que trabalhar”…Acho que lê uma boa parte do dia e isso já é um pouco extraordinário. No último dia falámos de Naguib Mahfouz e ficou agradado que o conhecêssemos e o tivéssemos lido. Falámos do seu livro “Miramar”, que se passa numa pensão de Alexandria, e do estilo do autor. Disse-nos que lá se come o melhor peixe do mundo, muito barato, ficando eu sem saber qual é o conceito de barato: um taxista louco, louco, de que falarei mais adiante, levou-nos 50 LE por nos levar da parte copta até ao bazar El Khalil, no meio de um trânsito endoidecido.

Agora estamos na estação central de comboios Ramsés II, muito, muito bonita. A música é omnipresente e sempre com decibéis para surdos… Vamos para Alexandria mas o comboio só parte daqui a uma hora e meia. O preço em 2ª classe (já não havia 1ª ?) foi de 30 LE, por pessoa, para fazer mais de 200 km para norte em direcção ao Mediterrâneo… quantia que equivale a….1,50 euros!! Não, não é faltar à verdade… Mas ninguém pode acreditar que fazer uma viagem de táxi na capital, ou noutras cidades, possa custar mais do que uma viagem de comboio Lisboa-Aveiro…

Teria gostado de fazer mais viagens de comboio nestas férias (os preços são incrivelmente baixos, como já vimos) mas o receio pela segurança levou-nos a optar por viagens de avião. Quando se viaja da forma como nós o fazemos, só estando nos sítios é que nos podemos aperceber e talvez tenha sido uma opção menos certa, mais cómoda mas muito mais cara. Mas vai ser assim.

S. é copta. Não usa lenço, veste ganga e parece desempoeirada. Na parte das igrejas coptas a proporção de mulheres/raparigas sem véu é inversamente proporcional às que usam véus, todos os tipos de véu, excepto burkas. 90%/10%. No Cairo a amostragem por achismo é que em cada 10 mulheres 9 usam um tipo de véu. A grande dúvida para mim é saber qual o real significado desse uso. Muitas, acredito, que por convicção religiosa (dos maridos ou das próprias, ou ambos), outras, pareceu-me, como afirmação cultural mas também como moda: com ténis ou até salto alto, muito pintadas, sobrancelhas castanhas ou pretas muito carregadas, calças de ganga com rasgões, ou normais. (* mais à frente explicarei melhor) Não há vestidos e muito menos saias. Só uma pequeníssima minoria dos homens usa a djelabba de cor cinzenta, ou toda branca, com conotação religiosa. Os cortes de cabelo dos rapazes estão à moda: cabelos apavorados por lobos, raspagens laterais.

Quanto à comida nestes dias dividimo-la entre um KFC e uns equivalentes árabes. Não temos passado fome, muito pelo contrário mas pensamos começar a cortar nos fritos. Comemos num restaurante mesmo autóctone por 34 LE os dois… A Rosa até já come saladas, gelo, gelados…

Não há álcool, portanto, não há cerveja. Nem porco. Já sabíamos. Talvez agora numa cidade de veraneio egípcio se encontre mais diversidade. Mas, com este calor, não é a vontade de comer que prevalece, é a necessidade imperiosa de beber líquidos, muitos líquidos.

Voltando uns dias atrás ficámos boquiabertos no voo para Londres por não nos terem oferecido…nada! Pedi café e… o preço era de 2 libras inglesas (!!) pagável com cartão Visa…

Economias, talvez. Mas o extremo ridículo já chegou. Não, não era a TAP, era a BA….

Desta vez fiz o check-in on line e pude escolher os lugares dos dois voos, LIS-LON e LON-CAI.

Para o segundo voo escolhi os lugares junto a um saída de emergência para podermos estender as pernas, que são extensas como sabemos…

Um jovem de aspecto árabe sentou-se ao meu lado e acabámos a conversar. Durante quase toda a viagem.

Islam é dentista e estava em Edinburg a estudar para um exame muito dificultoso. Na véspera tinha-lhe nascido uma segunda filha. Era o dia do seu 34º aniversário e ele ficou feliz. Um pouco mais tarde recebeu comunicação que o seu bebé tinha de ser operado a um problema de ligação traqueia/esófago, o que o fez regressar apressadamente, obtendo o último lugar vago ao … meu lado.

Islam pertence à burguesia egípcia e falámos um pouco de tudo. Diz que também teve esperança com a revolução de 2011 mas que agora não vê horizontes favoráveis. Estudou no Reino Unido, os pais também são médicos, o pai mesmo das forças armadas. O poder está todo concentrado nas mãos da clique militar, num país em que a corrupção é endémica, não muito diferente do que se passa em quase todo o mundo.

*

A extensão, a organização, a defesa e a preservação da mesma é que variam de latitude. A pouca vergonha também.

É necessário reconhecer que o Egipto não é o Mali, ou o Zimbabué, mas tudo gira à volta do dinheiro. As pessoas na rua são simpáticas e dizem amiúde “Welcome to Egipt” e “Welcome to Cairo” mas sinto que os turistas são vistos como slot machines nas quais eles podem ter algum tipo de sorte. E se não tentarem…

Bakish é uma instituição e temos de aprender a viver com isso. Por duas vezes perguntaram-me qual era o meu país, eu disse e obtive “I love America”. Verdade. Duas vezes em cinco dias.

Os egípcios, de uma forma geral, são muito simpáticos e, da mesma forma que eu lhes tiro muitas fotografias, eles fazem o mesmo (sem zoom…), especialmente à Rosa, loira e de chapéu branco…Exótica até mais não. Vêm mesmo pedir para tirar fotografias com ela. Só mulheres. Contrariamente à Índia onde muitas vezes os machos derretiam-se por ter uma estrela de cinema ali mesmo ao lado… Embora não me esqueça, até porque tenho prova documental, de que vimos 3 turistas eslavos de meia idade a posar numa praia goesa…Mais do que uma vez…


O que fazem 10 milhões de habitantes num espaço de cerca de 90.000km2 e o que fazem cerca de 90 milhões de habitantes num espaço de cerca de 1.000.000km2? Literalmente uma extraordinária maioria dos da segunda categoria vivem concentrados num delta e ao longo do maior rio do mundo. Com uma população a crescer todos os anos quase 2 milhões, com 90% com idades entre

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Hurghada.

Entrada no resort (não gosto nada da palavra) que booking escolhemos e ficamos de boca aberta. Grandioso, com imensa luz mas com um mau gosto em muitas partes assinalável. A classe média egípcia também escolheu este pedaço de mar que de vermelho nada se vê. Cada hotel tem uma praia privativa, formando uma pequena enseada, duas piscinas e animação vária. O mais penoso é a música (?!) que é debitada para surdos exigentes.

Em todos os sítios por onde passámos, hotéis e barcos,  a intensidade sonora é extremamente agradável para surdos, uma vez que nada sofrem. Só com uma excepção, a do Oásis de El Fayoum, onde passámos talvez os dias mais calmos de todos, especialmente depois de 10 dias buliçosos nas duas principais cidades deste país. A música aí era suave e não agressiva.

Quanto aos decibéis, nesta parte do globo gostam bastante do extremo auditivo. Nas ruas e nas estradas o buzinar é absolutamente constante e de bom tom, sem ironia… Não estamos, é claro, na Índia, onde muitos camiões arvoram um “Horn, please” altamente sugestivo. E orgulhoso.

Mas voltando a Hurghada, estivemos num dos milhentos espaços venareantes para turistas, muito poucos, e para autóctones, milhares. Famílias inteiras da classe média gozam a água quente e a abundância de comida é assustadora. Mas mais assustadora é a incrível Obesidade (com O maiúsculo) que a grande maioria das mulheres apresenta. As famílias normais, casal e filhos, comportam, regra geral 5 ou 6 pessoas mas há famílias alargadas, por vezes mesmo muito alargadas. E 90% dessas mulheres têm um grau de obesidade impressionante. Quanto aos homens também os há mas em menor percentagem.

Tivemos oportunidade de ter 15 refeições neste muito grande hotel. Pudemos observar com muita atenção e ficámos atónitos. As pessoas enchem pratos e pratos com comida que, em muitos, muitos casos, não acabam. O desperdício é desolador. O regime é buffet e as pessoas mostram o protótipo da gula perfeita. Nunca vimos nada assim.

Comemos muitíssimo bem e variado. Um dos muitos empregados começou a servir-nos as bebidas sempre que nos via chegar. Foi muito divertido. Este não se estava a fazer ao bakisch, era só por pura simpatia. Chegava mesmo a apressar o passo para nos servir. No último dia demos-lhe 50 LE, 2 euros e meio… Perguntou-nos se voltávamos para o ano e nós mentimos-lhe, não sabíamos…

A comida foi sempre boa, embora nalguns sítios melhor do que noutros. Comemos imensos legumes crus, grelhados e estufados, muito saborosos. Comemos em restaurantes mais caros e mais baratos; uma vez no Cairo e outra vez em Alexandria comemos mesmo em restaurantes populares, preços muito baixos, tudo em árabe, escolhíamos por gestos. As pessoas foram sempre de uma enorme simpatia, visivelmente gostando de nos ter entre elas.

No restaurante alexandrino um televisor estava ligado e não transmitia futebol. Era uma transmissão de Meca, com os crentes circulando à volta da Kaaba, a pedra preta e mágica, e uma voz monocórdica salmodeando suratas (versículos do Corão). Nada que não tivéssemos já visto na Cova da Iria e afins…

Voltando às enormes famílias em Hurghada, muitas crianças e até parece que não há crianças num espaço fechado. Os pais, dá a ideia, deixam os miúdos andar à vontade, escolher o que comem à vontade, estar simplesmente. Os miúdos não gritam, não correm, e sente-se que estão bem. A excepção são os bebés, que choram por vezes mas, aí, a formatação ainda não é possível, chinês ou guatemalteco que seja…

Água: adoram a ver pelas praias de Alexandria que fomos vendo nos quatro dias que lá estivemos.

Em Hurghada, o mesmo: as mulheres cristãs ou não muçulmanas, egípcias ou turistas, como em qualquer outra parte do mundo. Bikinis, as ocidentais, contudo…

As mulheres muçulmanas tomam banho todas vestidas, como estão vestidas no dia a dia ou com burkinis. As mais devotas com o nikab, só com os olhos de fora, vimos até uma ou duas com luvas (!), a maioria esmagadora com o hijab mais comum. A questão de a água molhada se lhes colar ao corpo e realçar as formas é uma contradição à qual não ligam muito, ou mesmo nada. O mais estranho (comment peut-on être persan?) é quando colocam um boné por cima do lenço ou quando usam óculos de sol muito vibrantes…É estranho, mas… é assim.

A religião.

O Egipto tem uma esmagadora maioria de muçulmanos sunitas, só com cerca de 10 a 15% de cristãos coptas e uma outrora maior mas agora quase residual presença judaica.

Comparando com a minha estadia há 34 anos o mais impressionante é a quantidade de mulheres que usam véu ou vestes islâmicas. Quanto aos homens a indumentária é mais diversa, notando-se em Luxor, a julgar pelo que vimos nos cinco dias, uma quase predominância de djellabias.

A ignorância é a principal responsável pelos preconceitos e ideias feitas.

 As mulheres usarem véus é quase automaticamente visto, no Ocidente, como submissão e dependência face ao rígido poder patriarcal.

Nada mais erróneo. Considerando que nos dois inimigos fidagais e perigosos, a Arábia Saudita sunita e o Irão xiita, árabes e persas, que só partilham o alfabeto, ele mesmo em parte, a lei corânica é esclerosada, radical e violenta, na maioria dos outros países sunitas o facto de usar véu tem a ver com a própria crença no Islão.

Para as mulheres mais devotas não mostrar nenhuma parte do corpo para o mundo exterior é cumprir um desígnio, que elas lêem no Corão, de atingir a pureza para alcançar o Paraíso. A maioria só deixa a descoberto a face e as mãos, numa outra forma de atingir o mesmo objectivo.

Os homens mais religiosos, parece que só no Egipto, têm uma marca violácia no meio da testa e que tem a ver com a quantidade de produção oratória que realizam. A mancha terá a ver com o contacto com o chão, mesmo em cima de um tapete, que fazem quando na parte da oração batem (pousam, tocam) com a cabeça. Parece mentira e efabulação mas, pelo que lemos e pelo que Mohamad* nos explicou, é mesmo a realidade.

Assim, ainda que de uma forma ligeiríssima, se pode encontrar uma maneira de explicar o que parece incompreensível para crentes doutras práticas e para ateus.

O ressurgimento afirmativo do Islão potencializou as suas marcas identitárias. Lemos, com muito interesse, que no Ocidente as freiras católicas têm muita respeitabilidade mas as mulheres simples muçulmanas são tratadas como escravizadas e prisioneiras de uma suposta imposição masculina.

Vimos mães, porque a taxa de fecundidade é alta (3,51), integralmente cobertas e filhas só com hijab ou mesmo sem; raparigas com hijab e calças de ganga, às vezes com rasgões nas coxas…

Associar o uso do véu a obscurantismo, não fazendo o mesmo com outros símbolos identitários (cruzes, medalhões, santos, kippas…) é a forma mais fácil de não querer entender outras sociedades e modos de vida.

Convivência.

Parece haver convivência total entre os egípcios, sunitas ou coptas. É claro que só vemos a superfície mais superficial da superfície da sociedade egípcia mas… foi a sensação com que ficámos.

Terrorismo.

Aqui, sim, há um problema grave. O Egipto, depois da questão Irmãos Muçulmanos que ameaçavam, esses sim, incendiar o país, vive um estado de sítio, ou de excepção ou de emergência. Por todo o lado a presença da polícia e dos militares é bem visível. Nas estradas, cruzamentos ou não, os check-points são inúmeros, as metralhadoras e os carros de combate presentes. O factor dissuasor pode ser bastante importante mas não deixa de nos criar uma sensação ambivalente: por um lado impressiona, por outro lado securiza.

Uma vez no Cairo chegámos tarde a um Museu. Parados em frente do mesmo começámos a ler o guia que tínhamos levado. Passado algum tempo um militar impecavelmente fardado em branco veio-nos dizer que não podíamos estar ali. Era uma rua larga do Cairo, o museu estava fechado e nós estávamos num pequeno patamar em frente à porta. Ficámos atónitos e olhámos melhor para o edifício em frente. Era uma edifício enorme, governamental ou militar, e nós poderíamos ser potenciais perigos para a segurança do Estado. Assim. Tirar fotografias a edifícios oficiais ou a militares pode ser motivo para preocupação. Todos os edifícios visados têm barreiras de betão a separá-los do mundo real.

(Disse-me Islam*, no voo Londres-Cairo, que os militares detêm todo o poder, em circuito-fechado. E ele sabia do que falava)

E em todos os museus, monumentos e hotéis toda a gente passa por detectores de metais e, em muitos, as mochilas e sacos passam nos raios-x. A segurança é ainda maior, mais apertada e ostensiva nos aeroportos. E nós fizemos 6 voos internos!