quarta-feira, 1 de julho de 2020
Tatoo and prejudice.....Preconceitos e tatuagens...
Preconceituoso?
Claro que sim! Por mais que não queira, ou não quisesse, eles estão lá, estão
cá, aqui e ali, por todo o lado, com desfaçatez mas sem maldade intrínseca, à
sua maneira pouco tolerante mas não maligna.
Falo da moda das tatuagens que, se como moda se for
embora, trará um colossal problema ou problemas a muita gente no Mundo. Gente
que se está positivamente nas tintas para a questão que nem sequer questão para
eles é, ou, se o é, sê-lo-á por uma razão totalmente diversa.
A grande diferença é que este meu preconceito, ou outros, não interfere
minimamente nas vidas e nas opções de quem quer que seja, a começar pelos
tatuados.
O meu olhar desagradado (porque na sua
esmagadora maioria acho-as horríveis, em si, e ainda mais pela
própria ideia de transformar uma parte do corpo que não tem como função ser mais
um adereço modístico) não tem mais nada a não ser isso: o meu olhar. Não é
maligno porque não propõe que se proíbam, se multem, se discriminem (trabalho,
lazer, cultura). Aliás, não propõe nada nem o poderia fazer, porque
transformar-se-ia em preconceito maligno (intencional, operativo e destrutivo).
Ora, ele é só um preconceito. Estúpido e benigno. Mas só isso. E, ironia, sou eu o principal
prejudicado por tê-lo. Tê-los.
(Post Scriptum:
o dito só existe porque muita gente, mesmo muita, acha que não tem
preconceitos. Não é um erro pensar que é muito difícil não os ter. A diferença
está no que fazer ou não fazer com eles).
Ou do AGIR…
E não há tatuagens "normais"?
Sim, claro. O único óbice é que são...tatuagens. Mas, shalom, a quem as tem, usa e aprecia.
What's the problem? None.
A Batalha dos Nomes
J. vai nascer. J. ainda não participa na escolha de nomes dos do lado do alto. J. por agora só participa na aceitação de nomes dos do lado de baixo.
(Na religião os anabaptistas não acreditam no baptismo cristão ou outro que seja feito sem ser por escolha consciente de quem quer ou quiser ser baptizado. Se eu fosse crente, pelo menos quanto ao ritual da aceitação de pertença a uma tribo mística, seria anabaptista...Mas como fui baptizado com dois meses, estou salvo, ou perdido, ou coisa nenhuma.)
A escolha dos nomes para os filhos deve ser das sementeiras e dos actos pós-natais mais intensos, não esquecendo que muitos começam muito, muito tempo antes... do solo ser regado.
A subjectividade é, penso, a mais determinante característica desta escolha.
Por que é que Teodoro é um nome anacrónico e serôdio (superado ainda assim pelo Teodorico do Eça...) para uns, desinteressante ou incolor para outros e adorável e lindo para os que o escolhem?
Pela fonética? Pela lembrança de alguém homónimo? Pelo imaginário que provoca? Por nada?
Jacintas e Jacinto. Nomes que são biformes.
Uma, passageira, que é primeira ministra neozelandesa. Outra, vidente, que tocou luzes brancas ou amarelas rebentando de nuvens mágicas. O outro eternizado pelas Cidades e as Serras dos portugueses que lêem.
Isabel e Isabelo. Não dá. (Espanto-me por a inventiva brasileira ainda não ter produzido um Isabelo!...)
Joaquina e Joaquim.
Luís e Luísa.
Rita e Rito. Não dá. Ainda que fosse divertido, talvez, ter um Rito que não fosse muito ritualista.
Manuel e Manuela. Maria e Mário (Mario não dava...). Carlos e Carla ou Carlota. Miguel e Miguela é o compincha da Rita e do Rito. E já agora Rui é que está só, nem tentando Ruia, ou mesmo Ruiva ou Rua, dava.
Existem nomes que são moldáveis, outros ainda tentam, mas Ricardo não tem Ricarda e Ricardina não tem Ricardino.
Outros são exclusivistas. Ou é ou não é. Ana nunca dará Ano, Tomé não dará Toma nem Tomá, Cristina não dará Cristino.
E não me venham com Cristiano que dou-vos já com a Cristiana.
E só o pobre Cristo não tem Crista.
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