sexta-feira, 31 de julho de 2015

Países Bálticos-2

(as espectativas nunca me saíram goradas)
O dia de ontem, primeiro dia num país, foi de tal maneira cheio que nos inundou fortemente de imagens e pré-conceitos (ou ausência deles) às dezenas e dezenas de cliques e olhares. Foi um dia riquíssimo numa cidade do Norte da Europa, única premissa que indiscutivelmente tínhamos.

Riga é uma cidade muito bonita. Não deve haver quem discorde. A Art Nova está um pouco por todo o lado mas só hoje é que iremos a um bairro (quarteirão) um pouco mais distante do centro onde estamos. O nosso hotel Boutique Hotel Monte Kristo está situado na parte velha da cidade e por dentro tudo é retro.
Nesse bairro iremos ao Museu de Arte Nova, pelo qual a Rosa espera ansiosamente.
Os clichés imagéticos não me têm dado descanso e, só ontem, tirei perto de 500 fotos!!!
As minhas gazelas, girafas e elefantes namibianos aqui são em muito maior quantidade e não desdenham os atrativos de outros seres, onde quer que eles estejam. Mas, contrariamente às férias do ano passado, este ano penso ainda
regressar ao meu mundo animal.

Riga é um espanto. É considerada a "Paris do Norte".
Como é um espanto pensar que este pequeno país tenha tido uma história tão tumultuosa, terminando (?) em 1989/90 com o fim da União Soviética e a rapidíssima declaração de independência que se lhe seguiu (1991).
A cidade é a campeã mundial de wi-fi, por toda a parte e sempre gratuita.
O seu mercado central é um dos mais antigos do mundo e os seus 5 enormes pavilhões serviram os alemães, durante a 1ª Guerra Mundial, para a construção de...zepelins!

Nunca tinha visto um mercado assim! E o comércio por todo o lado é avassalador.
A minha grande incredibilidade é sequer imaginar onde estava toda esta gente (cerca de 700 mil em Riga, para uma população total de 2,2milhões) durante os quase 50 anos de ditadura soviética com as suas "lojas" de Estado e o seu "comércio" planificado. E onde estavam os crentes cristãos, ortodoxos russos, luteranos e católicos romanos. O que (não) faziam nas igrejas (uma delas foi transformada em...discoteca, outra em Planetário e restaurante!!!)?

Mas são países dos frios nórdicos. As pessoas não sabem sorrir. Chamo-lhes "as caras mais fechadas do mundo". Portanto não sabem ser simpáticos, não sabem o que isso é, se lhes damos passagem para entrar numa loja não agradecem com os olhos ou se perguntamos qualquer coisa não manifestam o mínimo interesse. Nos tempos soviéticos dir-se-ia que era o jugo opressor. Será só isso?
Em Riga os letões russófonos estão em maioria.
Evidentemente estas são impressões de um 1º dia e muito redutoras. O quão redutoras serão os próximos dias nos dirão.
Uma coisa é certa neste mundo de superlativos:
NUNCA vi mulheres tão feias noutras partes do mundo! Uma altíssima percentagem de pessoas que passam por nós (ontem fomos ao imenso mercado e as mulheres eram largamente maioritárias) É mesmo feia: assim uma espécie de Boris Ieltsin na metade superior e Matrioska na metade inferior (ía a dizer que a parte de baixo era similar à maioria das mulheres africanas -costa ocidental-
 mas acho-as ainda piores).

Deixo alguns exemplares aqui e já 20 no meu Flickr.