sábado, 3 de maio de 2014

Viva o 25 de Abril morto!


"Celebram-se este mês os 40 anos da morte do 25 de Abril. Ou talvez não seja bem isto. Mas parece. Não se sabe ao certo como vão ser comemoradas as quatro décadas de democracia. Suspeita-se apenas que a cerimónia vai ser pobre, triste, e presidida por gente que não mexeu uma palha para que a Revolução acontecesse. Os capitães de Abril não estarão presentes. Durante o Estado Novo, as pessoas que fizeram o 25 de Abril não podiam falar na Assembleia da República. Ao fim de 40 anos de democracia, continuam a não poder. Podem estar presentes, desde que seja só para enfeitar. Mas não querem. É pena. Sugiro um friso de capitães de Abril feito de fotografias em tamanho real, recortadas em cartão. Faz o mesmo efeito que os organizadores da cerimónia pretendiam, e podem usar-se fotografias dos tempos em que os capitães de Abril estavam mais novos e mais magros. É uma maneira de termos um 25 de Abril ainda mais próximo do original. E de plástico, que é mais barato.

Outra ideia, um pouco mais subversiva, mas igualmente respeitadora da ordem e do silêncio: todos os democratas presentes na Assembleia para a cerimónia comemorativa do 25 de Abril levam no bolso uma máscara do Vasco Lourenço. E, quando a corja topa da tribuna do hemiciclo, põem a máscara. Talvez pregue um susto suficiente para que alguns dos organizadores da festa corram a comprar um bilhete para o Brasil. As agências de viagens bem precisam de um incentivo destes."RAP, aqui.

Conte não sabe Contar e Não Sabe Perder


«O mau perder do treinador da Juventus foi uma das notas mais negativas da meia-final de Turim. Desculpou-se com erros de arbitragem (que ninguém viu) e com o comportamento do Benfica antes do jogo. A verdade é que a Juve tinha tudo a seu favor para ir em frente: um resultado recuperável conseguido em Lisboa, jogo em casa perante o seu público, superioridade numérica durante muito tempo, equipa a jogar na máxima força e, mesmo assim... não foi capaz. Por inabilidade de Conte (mal a mexer na equipa) e porque a equipa nunca revelou criatividade suficiente para se libertar da “pressão defensiva” do Benfica.» 

(Rui Santos, in Record)