"Foi então que o senti. Pungente, inalcançável. Vamos para estes lugares e eles são sobrevalorizados, nem sequer se aproximam do muito perigoso que as pessoas dizem que eles são. Não percas a cabeça, mantém-te na posição em que tenhas o tiroteio à frente. Nós aproximamo-nos e saímos ilesos de todas as vezes, com o rosto tão juvenil e tranquilo como antes. A vida do repórter: sempre a dor dos outros. Uma mulher num hospital iraquiano embala o filho que acabou de cegar e uma lágrima única desce-lhe pelo rosto. A face está tão seca e a lágrima move-se tão lentamente que concentramos nela a nossa atenção durante um momento, a vê-la atravessar a extensa planície deserta." (pág.213)