sexta-feira, 23 de julho de 2010

Até já!

Aos meus (que presunção!) leitores ocupantes de um triciclo:
Vinte dias fora do país, a postagem (não gosto nada desta palavra!) será muito irregular, ou mesmo nula.
(Está a ser interessante apesar do feed-back ser nulo e de não haver contraditório ou opinagem diferente. Mas não podemos inventar heterónimos interesseiros, pois não? Ou podemos?...Não vou por aí...).
Até já, lá!

Benfiquismo mapa-mundi

Antes de partir, ainda estão cá todos, não contando com o Dí.
Quando chegar, o Ramires, o David Luiz e o Coentrão já cá não estão. Veremos.
A solidez da equipa pode ficar seriamente afectada.
Conseguirá o treinador re-inventar uma equipa ganhadora e a jogar futebol bonito?

quinta-feira, 22 de julho de 2010

The loveletter, Vermeer

The loveletter
Vermeer
(1632-1675)
Mais pinceladas aqui e ali.

Os novos pobres

"A crise quando chega toca a todos, e eu já não sei se hei-de ter pena dos milhares de homens e mulheres que, por esse país, fora, todos os dias ficam sem emprego se dos infelizes gestores do BCP que, por iniciativa de alguns accionistas, poderão vir a ter o seu ganha-pão drasticamente reduzido em 50%, ou mesmo a ver extintos os por assim dizer postos de trabalho.A triste notícia vem no DN: o presidente do Conselho Geral e de Supervisão daquele banco arrisca-se a deixar de cobrar 90 000 euros por cada reunião a que se digna estar presente e passar a receber só 45 000; por sua vez, o vice-presidente, que ganha 290 000 anuais, poderá ter que contentar-se com 145 000; e os nove vogais verão o seu salário de miséria (150 000 euros, fora as alcavalas) reduzido a 25% do do presidente. Ou seja, o BCP prepara-se para gerar 11 novos pobres, atirando ainda para o desemprego com um número indeterminado de membros do seu distinto Conselho Superior. Aconselha a prudência que o Banco Alimentar contra a Fome comece a reforçar os "stocks" de caviar e Veuve Clicquot, pois esta gente está habituada a comer bem."
Manuel António Pina
Jornal de Notícias

Doidos são doidos

Mas existem uns desgraçadamente mais perigosos do que outros.

A guerra é a guerra

Fausto no CBB.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Suum cuique tribuere, Rivera

Encontro entre "descobertos" e "descobridores" (1929).
Diego Rivera
(1886-1957)

Pessoal... e Transmissível

Hoje na TSF
Pessoal... e Transmissível
com Chico Buarque .

Eu não gosto...

...do homem mas aqui tem carradas de razão!

Arrepio


Eu não gosto de fado.
As duas extraordinárias excepções estão aqui.
Que perdoem os seus amantes.

Já nem se pode estar...

...tranquilo num avião!...

Que bom!

E não podem ficar com ele?

Fatalidade?

Somos constantemente bombardeados com a inevitabilidade da escolha entre Dupond e Dupont.
É verdade que existem diferenças entre os dois mas, sejamos verdadeiros, é muito mais o que os une do que aquilo que os separa.
Ambos alimentam clientelas esfomeadas, sem esquecer a alimentação prévia, própria, bem nutrida e previdente.
Têm uma faculdade inata para prometer hoje o que se deveria ter feito anteontem e que eles já sabem que não farão amanhã.
Por vezes Dupond propõe fazer algo que Dupont tem vindo a fazer há já longos anos e que Dupond, ou os seus antecessores, não tiveram coragem.
Dupond propõe-se dar a estocada final à escola pública depois de Dupont, diligentemente, ter dado cabo dela.
Dupont tem mega-ideias, quase sempre desajustadas para o fato que vestimos, e vive num mundo à parte, solidificado pela muralha dos apparatckines.
Dupond pretende-se realista mas parece não querer lembrar-se dos vinte por cento da população que vivem mesmo mal.
Dupont ri, Dupond chora.
Depois trocam.
É fatalidade?

Nova Zelândia


Ilha do Sul
Nova Zelândia, o país mais bonito do (meu já percorrido) mundo.
(2003)

terça-feira, 20 de julho de 2010

Ode Triunfal

"(...)
Ah, poder exprimir-me todo como um motor se exprime!
Ser completo como uma máquina!
Poder ir na vida triunfante como um automóvel último-modelo!
Poder ao menos penetrar-me fisicamente de tudo isto,
Rasgar-me todo, abrir-me completamente, tornar-me passento
A todos os perfumes de óleos e calores e carvões
Desta flora estupenda, negra, artificial e insaciável!
(...)"
Álvaro de Campos

Londres, 1914 - Junho.

Nights in White Satin

The first official Video of "Nights In White Satin"!
(1967)

Se pega...

cartoon de Monte Wolverton

No Arizona as autoridades criaram uma lei em que o controlo de estrangeiros " podia ser operado em qualquer “contacto com as f orças da ordem”, dando de facto à polícia o poder de controlar os documentos de todos aqueles que as forças policiais desejassem".
A lei foi, entretanto, modificada face aos protestos generalizados.
Dizer não e opôr-se é não nos escondermos face à demonstração dos poderosos.

Aristides de Sousa Mendes

Com um dia de atraso, passaram ontem os 125 anos do nascimento de Aristides de Sousa Mendes.
Poucos como ele.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

A sério?!

Cemitério, Alcochete, Freeport, et cætera ...

Abrazame esta noche II

Pásion.

Suum cuique tribuere, Modigliani

Study of the Cellist
(1884-1920)

Não à carneirada.

Dois exemplos de um "catolicismo popular"?
1 e 2
Ou a prova de que nem tudo o que parece submisso o é?

Ilusão e propaganda

Aqui.

Não aprendem.

Porque não querem.
Não é possível fazer tantos erros grosseiros e ter causado tantos males à Educação em Portugal sem ter a consciência do que se estava a fazer.
António Barreto falou de um "desastre ecológico" que vai demorar anos ou décadas a recompôr.
Em todo o mundo civilizado é muito fácil de ver que as escolas pequenas, ao contrário do que mentirosamente este governo apregoa, são geradoras de maior sucesso, de maior (d)envolvimento humano, de maior sossego, de melhor vida.
Um tsunami envenena-nos desde 2005 e ainda não acabou.

Abrazame esta noche I

Pásion.

Preocupação

Já dá para preocupação: 9 golos sofridos em 5 jogos não é normal, nem aceitável.

domingo, 18 de julho de 2010

Confessar um erro

"Confessar um erro é demonstrar, com modéstia, que se fez progresso na arte de raciocinar."

Jonathan Swift
(Dublin, 30 de Novembro de 1667 — Dublin, 19 de Outubro de 1745)

As Chinas

Chinese Communism Througth the Years
Danziger

Torre de Babel... VIII

년 3월 현재로, 에스페란토 는 있다 특징의 154의 기사가[2] 그리고 추가로 102는 고품질이라고 고려했다. 주간 지역 사회 프로젝트는 "중요한 것에 좋은-품질 기사를 특색짓는 주의 무시한 기사 그리고 "기사를" 개량하는 주"의 협력을 포함한다. 에스페란토 지역 사회는 메타산 프로젝트에 빈번한 헌납자이다.

Suum cuique tribuere: coreano.

Parabéns, Mandela!

Noventa e dois anos.

Preocupação

É só por ainda estarmos no início da época e vários jogadores ainda não estarem a treinar ou existem motivos para preocupações?

Um excelente ex-secretário...

...de estado e actual secretário de estado.

sábado, 17 de julho de 2010

Suum cuique tribuere...de Rembrandt


Philosopher in Meditation
(1632)
Musée du Louvre, Paris

Rembrandt Harmensz van Rijn
Leiden 1606 - Amsterdam 1669

Wolf Hall

A razão para o título do livro.

"The title comes from the name of the
Seymours' family seat Wolfhall or Wulfhall in Wiltshire; the title's allusion to the old Latin saying "Man is wolf to man" serves as a constant reminder of the dangerously opportunistic nature of the world through which Cromwell navigates."

Apostasia

Interessante.
Pedido de apostasia de Ricardo Silvestre.

Wolf Hall

Acabei agora de o ler e achei-o muito interessante.
Visitar -ou revisitar- aquele
curto período histórico que marca o fim da presença católica em Inglaterra e o início de uma religião de estado.
Mesmo com a execução de alguém tão influente como Thomas More. Ou de Cromwell. Entre outros.
Um país completamente virado para o seu umbigo.
Muito boa narrativa, mas nem sempre fácil.


"Ingla­terra, década de 1520. Hen­ri­que VIII está no trono, mas não tem her­dei­ros. O car­deal Wol­sey é o con­se­lheiro do rei encar­re­gue de obter o divór­cio que o papa recusa con­ce­der. Neste ambi­ente de des­con­fi­ança e neces­si­dade apa­rece Tho­mas Cromwell, pri­meiro como secre­tá­rio de Wol­sey, e depois(...)"

Booktrailer de “Wolf Hall”

Avec le Temps


Léo Ferré

Como é que é possível ser-se persa?

"Num único documento, hoje divulgado, o Vaticano reviu as regras da lei canónica para tornar mais fácil a punição dos padres que abusaram sexualmente de menores e colocou ao mesmo nível dos sacerdotes pedófilos a ordenação de mulheres como padres."
no PÚBLICO de hoje
(E à falta de uma fogueirinha, arranja-se sempre uma
excomunhão latae sententiae...)

O país do pastel de nata

Uns têm petróleo, outros diamantes, ainda outros ouro; vários, alguns dos minérios mais valiosos; alguns outros, muita matéria cinzenta e know how; poucos, tudo isto ou quase.
Um pequeno país do extremo ocidental da Europa tem... pastéis de nata.
E faz furor!
(just kidding....)

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Suum cuique tribuere...de Degas

Edgar Degas
(1834-1917)
e
aqui.

Lógico.

Banal, como o destino.
Mas é isso mesmo o que todos os benfiquistas querem. Sempre.

Vamos lá, Rúben, fazer por isso!

O inefável P.Socretino I

Com uma justificação sublime!

Sangue Oculto


GNR

Milhões incompreendidos

Nove dirigentes do banco da moda no final do séc. XX foram condenados a pagar 4 milhões de euros em coimas por vigarice agravada; um simples jogador português, nem sequer de topo (do Valência), li hoje num jornal, ganha 1,8 milhões de euros por ano; as refeições das crianças que frequentam ATLs das IPSSs vão ser cortadas por "contenção orçamental"; num só concelho do centro do país 5 agrupamentos de escolas vão ser fu(n)didos num único, passando a ser agora muito mais fácil gerir 3.000 alunos e 300 professores e inúmeras auxiliares de educação, principalmente porque serão dirigidos por apparatcniks diligentes; no debate do estado da nação o primeiro-ministro repetiu pela enésima vez a fábula do "País-Maravilha" que só alguns conseguem ver; etc. etc.
Desta sopa da pedra de poeiras e lamas que nos atiram para os olhos, ficam as náuseas e o desconforto, senão mesmo a amargura, todos os dias.
A vantagem da democracia é poder saber que a corrupção existe,
aqui e ali e acolá.
Pobre consolação!
É verdade que muita gente vive acima das suas posses e não se sabe auto-gerir.
É verdade que foi o próprio Estado, através dos seus ininterruptos governos e duma banca muitas vezes à solta e pedantemente selvagem, que contribuiu grandemente para que esta ilusão parecesse real.

(Eu tenho uma máxima que tento aplicar em todas as ocasiões e vivências:
não exigir a outros o que não exijo para mim próprio. Nunca tive, nem tenho, nem penso vir a ter, dívidas -exceptuando um contractual empréstimo bancário para aquisição de casa, entretanto expirado-. Assim estou à vontade para repetir que, desde sempre, achei Insustentável viver-se acima das suas possibilidades)

Uma sociedade organizada, sobretudo para alimentar a gula pelo dinheiro, mete-me nojo.

Estamos de luto

Estamos de luto. Claramente.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

YES Soon


Yes - Soon [Live 2002]

Causas da Decadência dos Povos Peninsulares nos Últimos Três Séculos II

"A tais homens não convinha mais o despotismo religioso do que o despotismo político: a opressão espiritual repugnava-lhes tanto como a sujeição civil. Os povos peninsulares são naturalmente religiosos: são-no até de uma maneira ardente, exaltada e exclusiva, e é esse um dos seus caracteres mais pronunciados. Mas são ao mesmo tempo inventivos e independentes: adoram com paixão: mas só adoram aquilo que eles mesmos criam, não aquilo que se lhes impõe. Fazem a religião, não a aceitam feita. Ainda hoje duas terças partes da população espanhola ignoram completamente os dogmas, a teologia e os mistérios cristãos: mas adoram fielmente os santos padroeiros das suas cidades: porquê? porque os conhece, porque os fez. O nosso génio é criador e individualista: precisa rever-se nas suas criações. Isto (junto à falta de coesão do maquinismo católico da Idade Média, ainda mal definido e pouco disciplinado pela inexorável escola de Roma) explica suficientemente a independência das igrejas peninsulares, e a atitude altiva das coroas da Península diante da cúria romana."
Discurso proferido por Antero de Quental, numa sala do Casino Lisbonense, em Lisboa, no dia 27 de Maio de 1871, durante a 1.ª sessão das Conferências Democráticas, aqui.

Suum cuique tribuere, Rivera

Diego Rivera

A educaçãorrota

"O (extracto do) texto que se segue, da autoria de Santana Castilho e publicado no jornal Público, (23 de Junho) tem quase um mês, mas (infelizmente) não perdeu actualidade."
Visto e retirado do De Rerum Natura.

Os óculos especiais dos cientistas

Muito interessante, mesmo. Retirado daqui.

Novo e eterno Benfica

Nova época a começar, nova esperança no ar.
Os rivais não estão parados e novos treinadores devem trazer diferenças.
No nosso seria bom que não se falasse tanto (JJ) e que se mantivesse o máximo possível o plantel.
De resto... que ganhe o melhor! De preferência, nós.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Suum cuique tribuere

Galgos
Amadeo de Souza-Cardoso
(1887-1918)

Causas da Decadência dos Povos Peninsulares nos Últimos Três Séculos I

" o disse há dias, inaugurando e explicando o pensamento destas Conferências: não pretendemos impor as nossas opiniões, mas simplesmente expô-las: não pedimos a adesão das pessoas que nos escutam; pedimos só a discussão: essa discussão, longe de nos assustar, é o que mais desejamos, porque; ainda que dela resultasse a condenação das nossas ideias, contanto que essa condenação fosse justa e inteligente, ficaríamos contentes, tendo contribuído, posto que indirectamente, para a publicação de algumas verdades."
Discurso proferido por Antero de Quental, numa sala do Casino Lisbonense, em Lisboa, no dia 27 de Maio de 1871, durante a 1.ª sessão das Conferências Democráticas, aqui.

Interiores...

O homem é a sua própria e circunstancial invenção, ininterrupta, num vórtice de presente sem futuro.
O futuro não existe à escala individual.

Tomada da Bastilha...I

Data(s) simbólica(s), acontecimentos heterodoxos, consequências superiores, irreversibilidade histórica.

Tomada da Bastilha......II

A grandeza da França, pena a pena.
Vale a pena ler o que os autóctones pensam deles próprios e o que os estrangeiros pensam dos autóctones. Tudo sem pena(s) de ter pena.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Suum cuique tribuere... de Flandrin

Jean-Hippolyte Flandrin
(1809-1864)
Algumas das suas obras.

Coentrão...

...no onze ideal de l'Équipe.
Agora é que o rapaz vai mesmo.

"A cru. Sem explicar nada.

Ou melhor, explicando que ou é assim ou não é."
Ferreira Fernandes no DN

A "descentralização" Centralizadora

"A recentralização avança. A política dos mega-agrupamentos também aponta nesse sentido?
L.L - Os agrupamentos representam um novo nível no reforço de centralização. A lógica dos agrupamentos poderia ter sido interessante, conduzida de outra forma; a que temos é uma visão tecnocrática, centralizadora. Criaram, na verdade, um novo nível de centralização…É interessante ver como os profissionais se referem ao Agrupamento. Quando vão à sede, dizem ”vamos ao Agrupamento”…Eles estão na escola e, quando precisam, vão ao agrupamento, quer dizer: vão à sede do agrupamento…
Agora, é possível acabar com as direcções regionais!... O poder central controla tudo através das plataformas de controlo informático. O Director está na sede do agrupamento e é o rosto estampado do Ministério da Educação, não é o rosto da escola."

entrevista de Licínio Lima aqui.

Epitaphio de Bartholomeu Dias

Jaz aqui, na pequena praia extrema
O Capitão do Fim. Dobrado o Assombro,
O mar é o mesmo: já ninguem o tema!
Atlas, mostra alto o mundo no seu hombro.


Fernando Pessoa
(Ver aqui)

A marcha dos pinguins


Obrigado, Nuno.

Completamente sitiados!

Antigamente eram as gorduras e os doces.
Agora são
os pesticidas nas frutinhas e nos leguminhos, o mercúrio nos peixinhos do mar, a engorda nos peixinhos de tanque, as toxinas nos porquinhos e nos franguinhos e só as vaquinhas dos Açores talvez escapem a esta hecatombe mundial, se não houver nenhuma chuvinha ácida a manchar o verde de tão grande pacatez.
Nem pulsação aeróbica, nem Omega 33, nem iluminações astrológicas, nada nos salva.
Senhor, fazei alguma coisa!

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Hilariante?

"Directores sentem-se desrespeitados"

Hitchcock's Suspicion (1941)

Uma outra maneira de ver um filme.

Suspicion...I

Suspicion...II

Suspicion...III

Suspicion...IV

Suspicion...V

Suspicion...VI


"Everything is all right as long you are happy and don't forget me."

Hitchcock presents


Campeã Mundial

A España é uma justíssima campeã.
Sobre o futebol aqui por Miguel Esteves Cardoso.
Sobre os nacionalismos no futebol (mostrando só a pontinha do icebergue...) aqui e ali.

Mata?

O excesso de democracia mata-a?...

Suum cuique tribuere...de Caravaggio

Narcissus
Michelangelo Merisi da Caravaggio
(Milan, 28 September 1571
Porto Ercole, 18 July 1610)
A obra completa de Caravaggio aqui.

domingo, 11 de julho de 2010

Cinematorum...

Em 1964 Alfred Hitchcock deu uma entrevista aqui e aqui.

Será desta?


A estafeta cubana
O genial António no EXPRESSO de 28 de Julho de 2008 ...

Cuba liberta presos políticos?
Será desta que os cubanos não serão mais presos por pensarem pela sua própria cabeça?
Esperamos para ver. O fim da greve de fome de Guillermo Farinas rompeu o muro de gelo ou adiou a derrocada?

A Besta Humana

Relembrar Srebrenica não é ver e ler o mundo a preto e branco.
De dois contendores numa guerra não há só culpabilidade num dos lados.
Não há só terroristas e criminosos entre os Palestinianos ou só entre os Israelitas,
entre os Hindus e os Tamiles, entre os Protestantes e os Católicos (na Irlanda), entre sunitas e chiitas (no Médio-Oriente), entre Ingleses e Indianos, entre Indianos e Paquistaneses, entre Portugueses e Africanos, entre Russos e Ucranianos, entre Franceses e Argelinos, entre Coreanos e Norte-americanos e entre estes e Vietcongs, entre Turcos e Arménios e a lista parece não ter fim.
E toda esta "obra divina" só no maravilhoso século XX!
Mas existem formas expressas que ilustram, em escala, essa culpabilidade.
Auschwitz e Srebrenica não são comparáveis.
O único traço absolutamente comum a todas as infâmias é a própria Infâmia, qualquer que seja o seu rosto.

A escola mata a criatividade? (II)

A escola mata a criatividade? (I)

sábado, 10 de julho de 2010

História exemplar

HISTÓRIA EXEMPLAR
Entrei.
- Tire o chapéu – disse o Senhor Director.
Tirei o chapéu.
- Sente-se – determinou o Senhor Director.
Sentei-me.
- O que deseja? – investigou o Senhor Director.
Levantei-me, pus o chapéu e dei duas latadas no Senhor Director.
Saí.


Contos do Gin tónico
Mário-Henrique Leiria

Lidos e relidos





Alguns dos livros lidos e relidos.
Com um clique em cima de cada capa,
um regresso à (de cada um a sua) memória...

Matematicus...

"Os professores chineses estão em vantagem apesar de terem em média menos anos de formação académica e turmas com o triplo dos alunos, em comparação com as escolas primárias nos Estados Unidos. Liping Ma entrevistou e testou os conhecimentos dos docentes das duas nacionalidades, concluindo que os chineses estudaram em profundidade tudo sobre a Matemática elementar e não se aventuram noutros capítulos da disciplina:

Nos Estados Unidos, o objectivo é que as crianças aprendam uma Matemática muito avançada e por isso os professores são obrigados a ensinar vários temas e vários níveis de forma superficial e fragmentada. Resultado: os chineses revelaram conhecimentos profundos na Matemática elementar e os americanos, além de não conseguirem corrigir certos erros dos alunos, cometiam eles próprios alguns enganos, desconhecendo também conceitos de aritmética."

Liping Ma, investigadora da Carnegie Foundation for Advancement of Teaching

Suum cuique tribuere

Partida de damas
(1927)
Abel Manta
(1988-1982)
A vida e a obra de João Abel Manta

sexta-feira, 9 de julho de 2010

A Estupidez no Poder

E a saga continua!
Não somente não aprendem como aprofundam os erros, não reflectem mas atiram-se para a frente, não são auto-críticos mas sim arrogantes.
Os mega-agrupamentos de escolas são polvos centralistas que, por razões meramente economicistas (uma vez que não haverá UMA ÚNICA razão lógica e pedagógica para concentrar alunos, professores e auxiliares em mega-metrópoles escolares), estão a ser construídos à força e a correr.
A minha única (pequena) satisfação é que alguns dos ex-actuais instalados vão ser corridos! Mas logo, com o cartão, com a lambujice e com o oportunismo, encontrarão novos cargos, é a sina.

Arles at night, Van Gogh

The Cafe Terrace on the Place du Forum, Arles at Night
Vincent van Gogh
(1853 - 1890)
The list of 7 others Post-impressionist artists

Vincent van Gogh: Time Line

Ensinar a matemática

Investigadora chinesa explica aqui e é explicada aqui como se pode ensinar menos quantidade mas muito maior qualidade.

Os desempregados não querem é fazer nenhum!

Vamos castigá-los um pouco mais?
Por Paul Krugman

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Triciclo


Os meus (????) leitores (????) devem todos caber num triciclo e ainda sobrar espaço, no dito.

The Beatles: toda a obra.

«Welcome to BeatlesTube! Purpose of this site is to organize all videos about The Beatles that you can find on Youtube. There are plenty of Beatles-related footages spread on the tube but it’s difficult to have them in a logical sequence. BeatlesTube will help you to do that. Enjoy it!»
Imperdível para quem gosta mesmo mui,mui, muito deles!!

The Beatles.......Help


The Beatles Play Help! Live in Shea Stadium 1965

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Poesia...I

Rifão Quotidiano

Uma nêspera
estava na cama
deitada
muito calada
a ver
o que acontecia


chegou a Velha
e disse
olha uma nêspera
e zás comeu-a

é o que acontece
às nêsperas

que ficam deitadas
caladas
a esperar
o que acontece


Mário-Henrique Leiria

A luta continua!

O "Eduquês": Carlos Albuquerque e Guilherme Valente em debate aceso. Aqui.

Torre de Babel...VII

Σε αυτή τη σελίδα παρουσιάζονται καλογραμμένα και πλήρη άρθρα της Βικιπαίδειας. Για να ξεχωρίσουμε τα καλύτερα από τις χιλιάδες άρθρα της Βικιπαίδειας, χρειαζόμαστε την βοήθειά σας. Για να προτείνετε ένα άρθρο για αυτή την σελίδα, προσθέστε το στην .

Suum cuique tribuere: grego.

Moça com brinco de pérola, Vermeer

Moça com brinco de pérola
(1665-66)
Jan Vermeer
(1632-1675)

terça-feira, 6 de julho de 2010

Morreu Matilde Rosa Araújo




Matilde Rosa Araújo
«Vinte meninas, não mais,
Eu via ali no beiral:
Tinham cabecinha preta
E branquinho o avental.
Vinte meninas, não mais,

Eu via naquele muro:
Tinham cabecinha preta,
Vestidinho azul-escuro.
Vinte meninas, não mais,

No alto da ramaria:
Tinham cabecinha preta,
Peúga de fantasia.
Vinte meninas, não mais,

Na torre acima de tudo:
Tinham cabecinha preta
E capinha de veludo.
As minhas vinte meninas,

Capinhas dizendo adeus,
Chegaram na Primavera
E acenaram lá dos céus. (…)»

“Balada das vinte meninas friorentas” in O livro da Tila

Mozart- Rondo alla Turca

Na Praça Tiannamen há 21 anos.

Loucura? Coragem.

É verdade.

"Nunca um Mundial de futebol foi tão bem filmado".
Ferreira Fernandes

Dois logros do "eduquês"

De Guilherme Valente.

A queima de livros

Queimar livros como passatempo da tolerância.

domingo, 4 de julho de 2010

Portugal y España

"A nossa selecção de futebol é muito inferior à espanhola. A nossa selecção de jornais também. A de colunistas nem se fala, embora seja difícil imaginar com quem se pode comparar um imbecil ilustrado como VPV, um católico ultramontano como César das Neves ou um diletante como MST. Se nos compararmos, perdemos em quase tudo: na poesia, na novela, na viola de gamba, na saúde oral e no tamanho dos narizes. Ontem viu-se, quando as câmaras focavam a assistência: uma mulher guapíssima passando bâton pelos lábios, alternava com um broeiro lusitano, atarracado e hirsuto. A Espanha teve de tudo e a sério. Teve anarquistas e falangistas, brigadas internacionais e fossas comuns. Na primeira metade do século XX a Igreja Católica em Portugal foi nojentinha. Em Espanha foi mesmo nojenta."

N'
A Natureza do Mal

Renoir e a Pintura

"Sempre esta necessidade de procurar as ideias na pintura! Eu, perante uma obra prima, contento-me a apreciar."

Pierre-Auguste Renoir

O vento

Eu gosto muito do vento. Ou de vento, como preferirem.
A vaca é um animal doméstico. Ela dá-nos leite, carne e couro. A galinha, para além de uma estupidez ancestral, é um animal doméstico que nos dá ovos e carne.
Ora o problema é que o vento não é um animal doméstico.

O vento não pertence a ninguém, o que o torna extremamente perigoso. O vento não dá para ser domesticado.
O vento pode é ser roubado.
É o que tem acontecido com aquelas enorme hélices de helicópteros mancos que pupulam por tudo quanto é sítio. Mas roubado não é o mesmo que domesticado.
É manietado nos seus direitos.
Não sei se o vento se queixa mas se fosse eu não gostava de ver aqueles monstros brancos nos montes e montinhos do meu país. Parece que são úteis e nos fornecem energia eléctrica. Aí está: o vento não é doméstico mas já arranjaram maneira de ele ser um pouco como a vaca e a galinha.

Mas o vento está-se nas tintas para isso porque o vento é livre. Roubem-no um bocadinho que ele rala-se bem com isso. O vento despenteia os penteados e penteia os despenteados. É por isso que eu gosto tanto dele!
O vento é um desmancha-prazeres mas, às vezes, é um montador-de-prazeres como nos casos dos balões e dos parapentes, mas nestes últimos é só às vezes, o que torna o às vezes já em muitas vezes e aí as coisas podem dar para o torto. Podem.

O vento é uma ovelhinha negra da natureza. Por vezes desaparece e faz com que as caravelas do saudoso e aventuroso Gama fiquem para ali a molengar sem saberem mesmo para onde ir, numa calmaria que, contudo, é bem melhor do que aqueles planos fixos do Oliveira que são absolutamente insuportáveis por muito estéticos que eles sejam. E poéticos. Eu não gosto nada da poesia parada, de uma lentidão ainda inferior à de um caracol desmesuradamente preguiçoso, coisas. Mas, sobre este aspecto concreto, não sei a opinião do vento.

O vento trata os ciclones e os anti-ciclones por tu-cá-tu-lá, e umas vezes está nos Açores e dali a nada está nas Caraíbas, e depois já é alísio e depois, como é do contra, já é contra-alísio, vá lá entendê-lo. O vento gosta de chatear, como já vimos, mas há uma categoria de seres humanos que nunca se queixa do vento: os carecas. Os carecas não ligam nada ao vento. O vento para eles não existe e parece que vivem felizes, até porque com aquela particularidade nunca apanham piolhos, nem lêndeas. E o vento é um óptimo propagador de piolhos, além de ser muito chato para aqueles jogadores de futebol que usam umas fitinhas no cabelo para as melenas não lhes cairem para os olhos e eles não poderem rematar e marcar ou defender golos. Porque o vento é tramado nos olhos. O vento nos olhos dá cabo deles. E os jogadores têm o prestígio a defender e a carreira.

O vento está-se nas tintas para a carreira e para as carreiras.
Seja a carreira do 28 que vai até Algés, seja a carreira do senhor doutor que preza muito a corporativa ascensão e subida na mesma. O vento está para as carreiras como as rosas vermelhas estão para o deserto da Galileia. E venta.

O vento o que faz? O vento venta, ou venteia, assobia, rodopia, pipila, varre, desmancha, enrola, desfaz, ensarilha, envolve, tapa, leva. Por exemplo: o vento leva as palavras, como ajuizadamente no provérbio.
E lá vão elas, as palavras, levadas pelo vento, já sem amarras, nem atilhos, nem correntes, nem páginas, nem leitores, nem livros, nem nada.
O vento leva as palavras e as palavras vivem livres.

O vento também ri. É uma das suas melhores características. O vento ri dos disparates dos disparatados que não sabem que disparates andam a armadilhar há anos e anos e sem consequências. Ou com muitas.
Um disparatado-mor, ou uma, faz os maiores disparates dos últimos trinta anos e o que é que lhe acontece? Dão-lhe o prémio de uma sinecura na presidência de uma fundação de amizade com um país do outro lado do Atlântico. Bem pensado.

Aí o vento ri mas fica a pensar por que razão os disparates têm tanto valor, para mais quando mascarados de talhantes, ou farsantes, estatísticos: sabe-se que um quilo de carne custa, na média europeia, 7 euros e 35 cêntimos mas o preço que é pedido é de 6 euros e 58 cêntimos, para ficarmos bem na fotografia da média europeia, mas que obviamente não corresponde à realidade. Mas o talhante, ou farsante, está-se bem nas tintas para a realidade.
O que interessa ao talhante, ou ao farsante, são números, números, números. Ou as médias dos números.

O vento, por vezes, cansa-se e vai descansar para a praia. O vento adora a praia,
estar ali à torreira do sol a arder, saborear o sal que fica nas suas costas, enfim, desfrutar de um pouco de repouso no meio de dezenas, ou mesmo de centenas, às vezes até milhares.
Depois, acorda, chateia-se, levanta-se, rodopia e põe-se a varrer aquela malta toda que foge, atarantada, para os seus carros que ficaram a escaldar que nem ovos estrelados acabadinhos de fazer. Os grãos de areia enfiam-se por tudo quanto é sítio, nos ouvidos, nos cabelos, nos olhos, no tablier do carro e até na garganta do cão que rosna, irado, porque não compreende nada do que se está a passar e ainda por cima gritam com ele.

O vento, cansado de tanta erupção, e confusão, e desarranjo, eclipsa-se.
Desaparece.

Muito lá longe o vento ri e sorri porque, apesar da sua vontade ou até pela sua vontade, ele sabe, bem no seu íntimo, que é eterno, que nunca morre, nem ressuscita, que nunca é sepultado sob lajes mais ou menos pindéricas, que nunca é cremado em piras nas margens do Ganges, ou nos crematórios das cidades, que é sempre jovem sendo sempre velho, que é só ele, com ele.

O vento lembra-se e sorri de novo.
O vento adora papagaios. De papel.

Janis Joplin



Biografia
Vídeos

Passagens de ano à força.

"Convocam-se os Directores de Turma e os Professores que atribuíram nível negativo aos alunos sujeitos a Planos de Recuperação e de Acompanhamento para Reuniões, a realizar de acordo com o calendário abaixo indicado e com a seguinte Ordem de Trabalhos:
1. Avaliação dos Planos de Recuperação e de Acompanhamento: introdução de dados na plataforma da DREN".

"Este tipo de reuniões tem um duplo efeito negativo:
Leva os professores à exaustão, roubando-lhes a motivação e o entusiasmo pelo ensino.
Conduz a uma pressão para o recurso à passagem administrativa e à criação do sucesso escolar para a estatística.
Reparem no teor da convocatória e digam se ela não configura um castigo aos docentes que ousaram atribuir nível negativo aos alunos sujeitos a Planos de Recuperação e de Acompanhamento. É com actos destes que se destrói a profissão docente."

Ramiro Marques

O Fabuloso Mr. Nixon!

O pressuposto assassinado escapou até ao 11 de Setembro de 1973.
Nem mais um dia.

Uma Santidade nada santa...

Por Gianluigi Nuzzi.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

O Brasil soçobrou...

Eu soçobro, tu soçobras, ele soçobra, nós soçobramos, vós soçobrais, eles soçobram.

Boas equipas não falam muito, não mostram soberba e até, também, soçobram às vezes.
E de mais de 190 países só um explodirá de alegria, exangue, no fim. Enquanto um a um vão morrendo os outros. Que raio de morte para esta vida!...

Peixe cozido e gravatas...II

(Qualquer semelhança entre a fantasia e a mentira é pura realidade.
Mas os factos são verdadeiros.)

Peixe cozido e gravatas...I

...Só sei que sei que não gosto de peixe cozido! E de gravatas! Por isso é fácil. A minha vida é muito fácil. Aliás, a vida das pessoas costuma ser fácil, só os ignaros é que a tornam difícil. Viver a vida facilmente é uma arte e os artistas, como se sabe, têm vida fácil. Facílima. Por isso é que existem tantos e tão facilmente. Muitos deles não gostam de gravatas nem de peixe cozido. Como eu. Por isso temos tantas afinidades. Por exemplo, um chinês que pensa como eu, quer dizer muito aproximadamente como eu, é como se fosse um nacional do meu país, que é o dele. Somos assim muito próximos. Digo o mesmo em relação a um etíope ou a um sueco. Já um português que gosta de fado, de tourada, de procissões, de arrotar em público e de peixe cozido, como já adivinharam, não tem nada a ver comigo. É como se fosse um espanhol verdadeiro, daqueles de quem ninguém suspeita de alguma vez querer vir a ser português.


O meu nacionalismo é tão detestável como o peixe cozido que eu detesto. O Messi é melhor pessoa do que o Ronaldo. Não sei se são ambos detestadores de peixe cozido e de gravatas. Mas sei que o primeiro não cospe para as câmaras de televisão, goste ou não de gravatas e de peixe cozido. E jogam ambos muito bem. O génio daqueles pés só está na cabeça de alguns. Mas, às vezes, só em parte dela.


Mas do que eu queria falar era sobre uma corda, ou fita, ou laço, ou guita, ou lenço, ou uma coisa muito parecida com uma...gravata. Eu não tenho vocação para Egas Moniz, aquele do tempo do rei Afonso que bateu a mãe em São Mamede que, como todos sabem, é aquele santo que não gosta mesmo nada de peixe cozido e de gravatas. Nem do outro que ganhou um Nobel por ter descoberto que, se retirássemos um pouquinho de um cérebro de algum que não tem conserto como aqueles relógios que só servem para nós pensarmos que eles já foram relógios, resolvia o problema intrincado, uma lobotomia, vejam lá!, a ideia da lobotomia em 1949 ganhou um Nobel, muito antes do Jack Nickolson ter pespegado com aquela cara de cromo, ou de parvo, no filme que todos viram. Não sei se o Egas Moniz da lobotomia e o Jack Nickolson do filme gostavam de gravatas mas se não gostavam são como aquele chinês que é como se fosse meu compatriota, também, é claro!, porque ele não gosta de fado, nem de touradas, nem de... gravatas! Nem de cuspir ruidosamente para o chão como os outros milhões que vivem lá ao lado dele e não se sentem nada portugueses, para além de terem a forma dos olhos muito pouco arrendondada, e de pertencerem a essa coisa bizarra que era o Império do Meio, ainda sem carros mas também sem o Mao-tsé-Tung.


Essa corda, ou fita, ou gravata que eu odeio persegue-me desde o dia em que eu, para aí com doze anos, disse, em voz alta, num momento de solidão, que nunca na vida iria apertar o meu pescoço com aquela idiotice, idiossincraticamente designadora de bem vestir, ou de aprumo (não confundir como o outro dos pedreiros, o fio-de-prumo, os quais quando estão a trabalhar numa obra nunca usam gravatas, só quando vão a casamentos naqueles fatos todos dignos e oficiais, que costumam ser a farda masculina nos ditos) ou de dar o toque de parecer boa figura, ou de fazer boa figura e que, sem ele, perde todo o traço de civilidade e de compostura tão essencial nos já tão enfastiadamante falados.


A única coisa boa nos casamentos é de que nunca há peixe cozido e, aí, encontro um fortíssimo ponto de apoio aos ditos, mas, como disse Churchill, "Um mundo sem peixe cozido é o pior dos mundos, à excepção de todos os outros".


Pronto, não sei se já disse, desculpem se houver uma repetição ou outra mas não gosto mesmo nada de peixe cozido e de gravatas. Um, pelo cheiro nauseabundo e pelo aspecto; a outra, porque não gosto mesmo nada de passar o dia a pensar que sou eu próprio que me estou a asfixiar, como quando Kafka construiu aquele gafanhoto enorme que parecia dinossáurico e afinal era só um dos seus heterónimos. Por falar disso Pessoa gostava daqueles lacinhos, tão patente naquela fotografia numa rua lisboeta em que, atarefado com algum mental poema, ele não estaria certamente a pensar em gravatas e em peixe cozido.


Mas, afinal, quem é que pensa em gravatas e peixe cozido?


Só os tontos.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Apocalipse Now...Smell of napalm


Apocalipse Now
Satisfaction
Smell of napalm

Kilgore: I love the smell of napalm in the morning. You know, one time we had a hill bombed, for 12 hours. When it was all over, I walked up. We didn't find one of 'em, not one stinkin' dink body. The smell, you know that gasoline smell, the whole hill. Smelled like... victory. Someday this war's gonna end...


Ride Of The Valquiries
Intro (The Doors - The End)
This is the end

Beautiful friend

This is the end

My only friend, the end

Of our elaborate plans, the end

Of everything that stands, the end

No safety or surprise, the end

I'll never look into your eyes...again

Can you picture what will be

So limitless and free

Desperately in need...of some...stranger's hand

In a...desperate land

Lost in a Roman...wilderness of pain

And all the children are insane

All the children are insane

Waiting for the summer rain, yeah

Francis Ford Coppola
Lista de todos os seus filmes