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A mostrar mensagens de outubro, 2011
Kaddafi e Sócrates: o Petróleo e a Cobardia II
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Kaddafi e Sócrates: o Petróleo e a Cobardia I
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Poço sem fundo à vista
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Nos séculos XVII e XVIII ainda tínhamos o ouro do Brasil e a transumância esclavagista. Mas o novo-riquismo predominava, ainda pior, esmagava toda tentativa de criação de riqueza. Portugal tem vivido, como disse António Sérgio, de uma "política de transporte" ao invés de uma "política de consolidação" da riqueza que fomos criando. Vários séculos depois parece que não aprendemos nada: gastaram-se mundos e fundos em auto-estradas num número bem acima do desejado, construiram-se estádios para europeu ver, ergueram-se escolas como nem os países ricos têm. Destruiu-se a agricultura e afundaram-se os barcos de pesca. Sobrevalorizou-se o sector terciário e deslumbrámo-nos com o consumo sem fim. Sempre fomos pobres, no contexto europeu, mas vivemos como se fôssemos ricos. Agora estamos a pagar a factura de quem tem 100 mas gasta 250. Não sei se pode ser doutra maneira mas não se podia continuar indefinidamente assim. O que mais choca é que a classe política continua imune ...
CAUSAS DA DECADÊNCIA DOS POVOS PENINSULARES I
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"No princípio do século XVII, quando Portugal deixa de ser contado entre as nações, e se desmorona por todos os lados a monarquia anómala, inconsistente e desnatural de Filipe II; quando a glória passada já não pode encobrir o ruinoso do edifício presente, e se afunda a Península sob o peso dos muitos erros acumulados, então aparece franca e patente por todos os lados a nossa improcrastinável decadência. Aparece em tudo; na política, na influencia, nos trabalhos da inteligência, na economia social e na indústria, e como consequência de tudo isto, nos costumes. A preponderância, que até então exercêramos nos negócios da Europa, desaparece para dar lugar à insignificância e à impotência. Nações novas ou obscuras erguem-se e conquistais no mundo, à nossa custa, a influência de que nos mostrámos indignos. A coroa de Espanha é posta em leilão sangrento no meio das nações, e adjudicada, no fim de doze anos de guerra, a um neto de Luís XIV. Com a dinastia estrangeira começa uma política ...
O Silva das vacas
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Primoroso texto de Luís Manuel Cunha in «Jornal de BARCELOS "Algumas das reminiscências da minha escola primária têm a ver com vacas. Porque a D.ª Albertina, a professora, uma mulher escalavrada e seca, mais mirrada que uva-passa, tinha um inexplicável fascínio por vacas. Primavera e vacas. De forma que, ora mandava fazer redacções sobre a primavera, ora se fixava na temática da vaca. A vaca era, assim, um assunto predilecto e de desenvolvimento obrigatório, o que, pela sua recorrência, se tornava insuportavelmente repetitivo. Um dia, o Zeca da Maria "gorda", farto de escrever que a vaca era um mamífero vertebrado, quadrúpede ruminante e muito amigo do homem a quem ajudava no trabalho e a quem fornecia leite e carne, blá, blá, blá, decidiu, num verdadeiro impulso de rebelião criativa, explicar a coisa de outra forma. E, se bem me lembro ainda, escreveu mais ou menos isto: "A vaca, tal como alguns homens, tem quatro patas, duas à frente, duas atrás, duas à direita ...
Indignados 1000
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«Fui a duas manifestações na minha vida, embora só me recorde de uma, quando os EUA de Bush II invadiram o Iraque. A outra terá sido no 1 de Maio seguinte ao 25 de Abril, assegurou-me o meu pai, que me levou às cavalitas. Não tenho nada contra manifestações. Mas às vezes reforçam mais os propósitos que se pretendem combater do que pô-los verdadeiramente em causa. O sistema onde vivemos é uma entidade plástica, capaz de absorver tudo, mesmo aquilo que lhe é aparentemente antagónico. Não tenho por isso ilusões. Mas no sábado também vou. Sei que outros protestos virão. Mas há um aspecto que me é simpático neste: é transnacional. É assumir o mal-estar global. Vou caminhar ao lado de pessoas que gritarão contra a crise, a precariedade, a austeridade, a desregulação dos bancos, a dívida, uma democracia mais participativa, mais transparência, melhores líderes políticos, melhores condições de vida. Tudo coisas com as quais concordo. Mas esperem lá: conhecem alguém que não concorde com tudo...
Sermão da Sexagésima Padre António Vieira
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"Os piores ouvintes que há na Igreja de Deus, são as pedras e os espinhos. E porquê? -- Os espinhos por agudos, as pedras por duras. Ouvintes de entendimentos agudos e ouvintes de vontades endurecidas são os piores que há. Os ouvintes de entendimentos agudos são maus ouvintes, porque vêm só a ouvir sutilezas, a esperar galantarias, a avaliar pensamentos, e às vezes também a picar a quem os não pica. Aliud cecidit inter spinas: O trigo não picou os espinhos, antes os espinhos o picaram a ele; e o mesmo sucede cá. Cuidais que o sermão vos picou e vós, e não é assim; vós sois os que picais o sermão. Por isto são maus ouvintes os de entendimentos agudos. Mas os de vontades endurecidas ainda são piores, porque um entendimento agudo pode ferir pelos mesmos fios, e vencer-se uma agudeza com outra maior; mas contra vontades endurecidas nenhuma coisa aproveita a agudeza, antes dana mais, porque quanto as setas são mais agudas, tanto mais facilmente se despontam na pedra. Oh! Deus nos livre...
Coisas da Avaliação Docente...
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Há dois anos obtive a classificação de Regular. Fui avaliado pela Directora e acólitos. No ano passado repetiu-se o enredo. Duas vezes Regular, pertinho, bem pertinho do Insuficiente. Este ano fui avaliado por uma colega e obtive a classificação de Bom a 0,1 do Muito Bom (7,9) Os parâmetros, altamente sofisticados e ridículos, foram os mesmos para estas três "avaliações". Cada vez estou mais seguro que não participar na fantochada é um bálsamo. Mesmo que sofra as co(m)sequências. Dedicação exclusiva aos Alunos e fogo sobre a Nomenklatura.
Hieronymus Bosch
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Jeroen van Aeken, cujo pseudónimo é Hieronymus Bosch , e também conhecido como Jeroen Bosch, ('s-Hertogenbosch, c. 1450 — Agosto de 1516), foi um pintor e gravador holandês dos séculos XV e XVI. "Foi especulado, ainda que sem provas concretas, que o pintor terá pertencido a uma (das muitas) seitas que na época se dedicavam às ciências ocultas. Aí teria adquirido inúmeros conhecimentos sobre os sonhos e a alquimia , tendo-se dedicado profundamente a esta última. Por essa razão, Bosch teria sido perseguido pela Inquisição . Sua obra também sofreu a influência dos rumores do Apocalipse , que surgiram perto do ano de 1500.(...)a grande abundância de pinturas de Bosch na Espanha é explicada pelo facto de Filipe II de Espanha ter colecionado avidamente as obras do pintor. Bosch é considerado o primeiro artista fantástico."
Sermões do Padre António Vieira II
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"Dá-me grande exemplo o semeador, porque, depois de perder a primeira, a segunda e a terceira parte do trigo, aproveitou a quarta e última, e colheu dela muito fruto. Já que se perderam as três partes da vida, já que uma parte da idade a levaram os espinhos, já que outra parte a levaram es pedras, já que outra parte a levaram os caminhos, e tantos caminhos, esta quarta e última parte, este último quartel da vida, porque se perderá também? Porque não dará fruto? Porque não terão também os anos o que tem o ano? O ano tem tempo para as flores e tempo para os frutos. Porque não terá também o seu Outono a vida? As flores, umas caem, outras secam, outras murcham, outras leva o vento; aquelas poucas que se pegam ao tronco e se convertem em fruto, só essas são as venturosas, só essas são as que aproveitam, só essas são as que sustentam o Mundo. Será bem que o Mundo morra à fome? Será bem que os últimos dias se passem em flores? -- Não será bem, nem Deus quer que seja, nem há-de ser. Eis...
Sermões do Padre António Vieira I
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" Pouco disse S. Paulo em lhe chamar comédia, porque muitos sermões há que não são comédia, são farsa. Sobe talvez ao púlpito um pregador dos que professam ser mortos ao mundo, vestido ou amortalhado em um hábito de penitência (que todos, mais ou menos ásperos, são de penitência; e todos, desde o dia que os professamos, mortalhas); a vista é de horror, o nome de reverência, a matéria de compunção, a dignidade de oráculo, o lugar e a expectação de silêncio; e quando este se rompeu, que é o que se ouve? Se neste auditório estivesse um estrangeiro que nos não conhecesse e visse entrar este homem a falar em público naqueles trajos e em tal lugar, cuidaria que havia de ouvir uma trombeta do Céu; que cada palavra sua havia de ser um raio para os corações, que havia de pregar com o zelo e com o fervor de um Elias, que com a voz, com o gesto e com as ações havia de fazer em pó e em cinza os vícios . Isto havia de cuidar o estrangeiro. E nós que é o que vemos? Vemos sair da boca daquele h...
"Dirigente do PS pede afastamento dos que estiveram mais próximos de Sócrates"
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"Na reunião da Comissão Política defendeu também que “é preciso fazer uma reflexão sobre quem foram os responsáveis” da situação a que o país chegou.Manuel dos Santos disse ao i que o PS precisa de recuperar a credibilidade que “perdeu nos últimos seis anos” e entende que esse caminho não pode ser feito com “os mesmos protagonistas”. “Não entendo, por exemplo, como é que o Alberto Martins e o Jorge Lacão aparecem a dar a cara pelo partido na área da justiça. Eles são responsáveis pelas anteriores políticas”, diz o ex-deputado socialista, que esteve afastado durante a liderança de José Sócrates." Edificante mas não chega.
Anatomia- subsídios para um estudo XLVI
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Does God Have Hands? "When the language of human agents was extended to talk about invisible agents, it wasn’t clear which ideas were to transfer with the language. Do invisible agents have invisible hands? Do invisible agents have thoughts, beliefs, fears, desires? Do invisible agents make mistakes in the same way that human agents do? Does it make sense to be upset with an invisible agent? To ask it a question? Do invisible agents have invisible parents?" no blogue Black Socrates
Homeopatia I
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Merece ser lido até ao fim...e ir ao site . Aprendem-se coisas fantásticas! "O período de reação a um medicamento homeopático depende da natureza da doença, da força vital do paciente e da precisão da receita. Muitas vezes, a resposta a uma doença aguda é muito rápida. Judyth lembra-se de quando era residente na Universidade de Bastyr, EUA, em 1982. Ela deu uma dose de Pulsatilla a uma menininha que se queixava de muita dor de garganta e estava encolhida, apática, no colo da mãe. Judyth mal se virou após ministrar o remédio e a pequena já corria para cima e para baixo pelo corredor, sem se lembrar da dor. Em outra ocasião, a própria Judyth torceu o tornozelo ao descer correndo os degraus de concreto para sua casa. Ela caiu no chão sentindo forte dor. Estava a caminho de uma reunião e precisava pegar o seu frasco d e Arnica. Subiu dois lances de escada literalmente de quatro e tomou uma dose de Arnica 30C. Em cinco minutos, quase não sentia mais dor. Conseguiu dirigir o carro e p...
Homeopatia II
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"A homeopatia é diferente de qualquer outro tipo de medicina. Um único medicamento homeopático trata todos os sintomas do paciente, não somente a sua queixa principal. O efeito de uma dose pode durar meses ou mesmo anos. Os medicamentos não têm data de validade — podem durar por toda a vida. Dez pacientes asmáticos podem precisar de dez medicamentos diferentes. Os medicamentos são seguros para o recém-nascido e a gestante, porém suficientemente poderosos para suster uma hemorragia e até tirar pacientes do coma em questão de minutos. Qualquer substância encontrada na natureza pode ser transformada em um remédio homeopático." (muito giro o "em um"... para além do resto, claro!)
União Europeia: o antes, o durante e o depois
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Perfilados de medo I
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"Alexandre O’Neill era poeta e as suas palavras fizeram a autópsia de um país de governantes medíocres e pessoas cujo silêncio cobarde sustentava qualquer ditadura. “Ah o medo vai ter tudo. Tudo (penso que o medo vai ter tudo e tenho medo que é justamente o que o medo quer). O medo vai ter tudo, que se tudo e cada um por seu caminho havemos todos de chegar quase todos a ratos. Sim, a ratos”, escreveu." http://www.ionline.pt/opiniao/perfilados-medo
Perfilados de medo II
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Perfilados de medo, agradecemos o medo que nos salva da loucura. Decisão e coragem valem menos E a vida sem viver é mais segura. Aventureiros já sem aventura, perfilados de medo combatemos irónicos fantasmas à procura do que não fomos, do que não seremos. Perfilados de medo, sem mais voz, o coração nos dentes oprimido, os loucos, os fantasmas somos nós. Rebanho pelo medo perseguido, já vivemos tão juntos e tão sós que da vida perdemos o sentido... Alexandre O'Neil
"Madeira: Alberto João Jardim insiste que dívida da região é de 5,8 mil ME"
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