segunda-feira, 25 de maio de 2020

Uma Laranja Mecânica

É verdade que ao longo da vida vamos mudando, gostos, sabores, visões, ideias, posturas, sensações. Lemos um livro trinta anos depois e descobrimos que não tínhamos percebido nada, ou que tínhamos adorado o que hoje parece totalmente insignificante.
Há dias lembrei-me de um filme que vi numas férias em Ribamar. Lembro-me de flashes do mesmo e de termos ido à Ericeira numa carrinha de caixa aberta. Lembro-me da minha irmã e de nada mais. Só que era um fim de tarde.
O filme era A Laranja Mecânica e estávamos em 1973. O irmão do meu pai trouxera lagosta e esse resquício de memória é o fundo do que ficou.
Penso que não percebi nada, a não ser uma desfocada e fluida sensação de desconforto.
(Por essa altura, nos meus 14 anos, fui ver ao cinema  Berna o filme JESUS CRISTO SUPERSTAR. Adorei, pela música e pela música só. O meu ateísmo latente já tinha passado a fase do nascimento )
Lembrei-me da Laranja porque a voltei a ver na televisão há semanas. Adorei mesmo. E entrou para o meu panteão dos filmes significantes.
Ainda ninguém sabia mas poucos anos depois chegaria Margaret Thatcher. Por acaso?

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