Disputa de Santos e decisão de Leão XIIII

E estamos nos Santos, não há volta a dar (ou cada dia do calendário gregoriano
não fosse bafejado com a bênção de sua nominal e especial Santidade...).
Dia 13 de Junho de 2020. Nasceu Santo António,
aliás pseudónimo religioso de Fernando de Bulhões, ainda que sem qualquer relação, mesmo salivar ou gustativa, com os perseguidos bivalves ou anatídeos... (receita aqui)

Perdão, nasceu neste dia mas vários séculos antes (séc. XIII) do outro que, além de experimentador culinário, também foi poeta (séc. XIX).
Assim, o que não consta que fosse dado a gastronomias, viveu em Lisboa. Só que... também viveu em Padova/Pádua e por lá feneceu. Daí a desavença entre latinos. Entre os italianos da localidade onde morreu e os italianos de Padova/Pádua. E depois entre italianos só muito mais tarde unificados (Grande Garibaldi!)
(a que voltaremos mais tarde por interessar-me muito) )

e portugueses da Lisboa ainda pouco famosa.
Um dos muitos infalíveis Papas (no âmbito divino da sua tutoria sobre os crentes) Leão XIII (aqui, directamente do Vaticano!) resolveu harmoniosamente a refrega, proclamando-o "Santo de todo o Mundo" ( mais ficando os contendores muito arreliados pela desfaçatez papal, a que, contudo, nada poderiam opôr, sob pena de poderem vir a servir de alimento fosfórico na experimentação religiosa...).
E assim foi. Muitas histórias e episódios se terão passado com este Santo Ubíquo, pelo menos na sua forma mental. Mas as biografias, que as haverá, não rezam pelo interesse de escarafunchar em milagres físicos e mentais, que supostamente terão existido (ou por trás de cada Santificado não assombrará sempre o feito divino tornado real?... ), e ainda menos pelo interesse genuíno de as ler (ERRADO: uma BIOGRAFIA, que parece interessante, de ANTÓNIO MEGA FERREIRA. A folhear, pelo menos).
Ou não houvesse uma boa biografia sobre um biografado interessante, ou mesmo muito interessante, consistente e aturadamente construída por biógrafos, por vezes, tão ou mais eruditos, acutilantes e omniscientes (porque podem estudar e saber inúmeras facetas que alguns biografados nem poderiam em vida sequer supor ou imaginar que tivessem ocorrido à sua volta, próxima ou mais distante ) que os objectos dos seus trabalhos e interesses.
Não me lembro de uma boa ou muito boa biografia sobre um especialista em milagres.
Mas sei de uma que está na minha lista para ser lida. A de Leonardo da Vinci, sem lendas, miragens e superstições...
Neste livrinho 👀 de Walter Isaacson 

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