Aqui, no início; ali, no final...

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...somos todos, absoluta e rigorosamente, iguais. Em todo o Planeta. 
Na noite dos Tempos e no dia dos Espaços. 
Todos nascemos e todos morremos. Sem qualquer nuance ou perspectiva diversa. 

A questão fundamental é como?
A questão fundamental é como nascemos (onde, de quem), logo nos segundos a seguir ao nascimento, e como morremos (em que condições e onde), logo nos segundos ou momentos antes de partir, de Vez.

A inevitabilidade desta real e transparente realidade é absolutamente insolúvel.

A réstea de esperança está,  esteve e estará no modo como conseguimos, numa visão humanista, diminuir o fosso, inúmeras vezes, entre os que mais têm (insuportavelmente gananciosos) e os que menos têm (uma grande maioria muitas vezes impotente e escrava da resignação).


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Joan Miró

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(A partir do filme "Conclave") Existem momentos em que estamos no Espaço mas não estamos no Tempo. Outros há em que é o contrário, estamos no Tempo mas não no Espaço. Tinha dezanove anos quando entrei e vi a Capela Sistina, em Roma. Estava sozinho, as pinturas não estavam ainda restauradas, não sei mesmo se havia algum plano nesse sentido. Havia muitas pessoas de pescoços atordoados e espantos incorporados. Mas nada do que imagino que será nos dias (Tempo) de hoje, a não ser que haja o relativo bom senso de controlar as entradas e saídas, como num qualquer estabelecimento comercial de média ou pequena dimensão...O prazer da fruição de um Espaço único mas com controlo administrativo... Estava no Espaço mas não estava no Tempo. Gostei, alimentei as sensações mas não tinha capacidade para interiorizar e assimilar por dentro a explosão de referências e cores. Passei como um viajante que vai no comboio e vê paisagens lindas voando mas incapazes de serem capturadas e degustadas. A ...
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