"SÓ COM OS CRIMINOSOS POBRES É QUE NÃO SE PODE COMER À MESA"
"O que tudo
isto tem em comum é em primeiro lugar a completa promiscuidade com o poder
político. Os Espírito Santo frequentavam os gabinetes de Sócrates, elogiaram-no
até ao dia em que o derrubaram, quando os seus interesses estavam em causa pela
ameaça de bancarrota. O dinheiro fluiu nos contratos swap, usados
e abusados pela governação socialista, e as PPPs contaram com considerável
entusiasmo da banca nacional e internacional. Compreende-se porquê, quando mais
tarde se veio a saber detalhes dos contratos leoninos que deixavam milhões e
milhões para pagamento num futuro que já era muito próximo.
O
actual governo mereceu também da banca todos os elogios e retribuiu em espécie,
impedindo que qualquer legislação que diminuísse os lucros da banca passasse no
parlamento, ou ficando como penhor de bancos que em condições normais iriam à
falência, mesmo numa altura em que já era difícil alegar crise sistémica. O
governo actual manteve todas as práticas de co-governação com a banca e as
instituições financeiras que já vinham do governo anterior, consolidando um
efeito perverso, que não é apenas nacional, de permitir que os principais
responsáveis pela crise dos últimos anos tivessem sido seus beneficiários
principais."
Pacheco Pereira aqui.
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