Memória
Algo sobre a memória que deixamos aos outros quando partimos de nós próprios e dos outros também.
Para os que não acreditam que a vida é uma passagem para outras vidas (?), nesta morte de que ninguém escapa (o único ponto em que todos, sem excepção, acreditamos por igual: ninguém é físicamente eterno), a memória é sumamente importante: ela, através de obras criativas que tenhamos deixado, ou através dos que amámos e nos amaram, do que deixámos neles e o que deles levámos, através do que pensámos, agimos, beijámos, fizemos ou omitimos, ou frustrámos, ou iludimos ou desiludimos, ou composemos, ou desfizemos, ela, a memória de cada um de nós é a vida, a única vida que deixamos quando morremos, ela, e só ela, a vida que levamos connosco e sempre deixamos quando nos vamos, ela, a memória, é o património real do que fomos e do que realizámos.
E isso só morre, e definitivamente nós com ela, quando a última pessoa que se recordar, amar, odiar, sentir algo por nós, morrer ela própria também, por fim.
Aí, sim, morremos de verdade.
Para os que não acreditam que a vida é uma passagem para outras vidas (?), nesta morte de que ninguém escapa (o único ponto em que todos, sem excepção, acreditamos por igual: ninguém é físicamente eterno), a memória é sumamente importante: ela, através de obras criativas que tenhamos deixado, ou através dos que amámos e nos amaram, do que deixámos neles e o que deles levámos, através do que pensámos, agimos, beijámos, fizemos ou omitimos, ou frustrámos, ou iludimos ou desiludimos, ou composemos, ou desfizemos, ela, a memória de cada um de nós é a vida, a única vida que deixamos quando morremos, ela, e só ela, a vida que levamos connosco e sempre deixamos quando nos vamos, ela, a memória, é o património real do que fomos e do que realizámos.
E isso só morre, e definitivamente nós com ela, quando a última pessoa que se recordar, amar, odiar, sentir algo por nós, morrer ela própria também, por fim.
Aí, sim, morremos de verdade.
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