Duas vezes

Por duas vezes estive perto dela. Mas não cheguei a conhecê-la. Nunca a tinha visto, nem desconfiava de nada. Mas sabia que existia. E que existe e que, dizem, nunca deixará de existir. Porque a vida depende dela. E ela da vida, toda a vida.
Da primeira foi na fúria desmedida de um desencontro anunciado. Na segunda foi num ensaio milimétrico, genuinamente puro e puroso mas sem oxigénio redentor.
Vou voltar a estar perto mas, desta vez, sem esperar por ela. A bem dizer, agora quero-a longe e sem saudade mas, de mim, ela achará a sua fortuna. 

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